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'Dilma não deveria ir mesmo à abertura dos Jogos Olímpicos'

ENTREVISTA COM ANTONIO CELSO 2 DE 27 07 16
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Em entrevista à rádio Educadora, de Uberlândia (MG), a presidente afastada Dilma Rousseff afirmou ter recusado o convite para participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio, no dia 5 de agosto. Dilma justificou a recusa afirmando que não quer fazer parte do evento como "espectadora", porque trabalhou duro na preparação do evento.

A presidente afastada observou também que toda a preparação para garantir a segurança da Rio 2016 foi tomada até seu afastamento em maio por ocasião da aprovação do processo de impeachment no Senado. A questão vai ser resolvida definitivamente no fim de agosto com nova votação em plenário.

Com relação à polêmica das obras mal acabadas da Vila Olímpica, que têm motivado várias queixas das delegações estrangeiras, Dilma disse que as obras na Barra e na Vila de Deodoro estão finalizadas em todos os aspectos, quer de infraestrutura, energia ou segurança.

"A Vila dos Atletas, que é responsabilidade da Prefeitura do Rio, é a única que têm problemas e que têm que ser resolvidos."

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O presidente da Sociedade Brasileira de Direito Internacional, Antônio Celso Alves Pereira, diz que o Brasil está vivendo há algum tempo uma trajetória tremendamente inusitada e que, politicamente, o fato de o país ter dois presidentes, um de fato e outro de direito, pode contribuir para a presença de um menor número de dirigentes mundiais na Rio 2016. Segundo fontes ouvidas pela Sputnik Brasil, uma das razões que teria feito Dilma recusar o convite seria o fato de que, na abertura da cerimônia, a presidente afastada seria instalada em um espaço da arena olímpica destinado aos ex-presidentes.

"Acontece de tudo desagradável para o prestígio do país, e agora essa situação de dois presidentes, uma que está afastada por razões do processo de impeachment, mas continua sendo a presidente da República, e o presidente interino Michel Temer, que preside de fato. Seria uma indelicadeza com ela colocá-la em um local de ex-presidentes. Vários chefes de estado não comparecerão à abertura, como se esperava, também por causa dessa situação, que é muito complicada. Ela tem razão em não aceitar. Afinal, ela ainda é a presidente da República."  

Alves Pereira justifica a ausência de alguns dignatários pela situação atual de insegurança vivida no mundo com a onda de atentados terroristas. Segundo ele, os Estados Unidos estão envolvidos com questões muito sérias de segurança e também com as eleições e os presidentes europeus estão vivendo momentos muito difíceis com a série de atentados na França, na Alemanha e em outros países.

Até agora, o Itamaraty confirmou a presença  de cerca de 90 chefes de estado. Entre as grandes ausências, até agora, estão as do presidente americano Barack Obama e do presidente russo Vladimir Putin.

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