Estados bálticos em pânico após palavras de Trump sobre política externa

© AFP 2023 / ROBYN BECK / AFPDonald Trump, bilionário e candidato à presidência nos Estados Unidos
Donald Trump, bilionário e candidato à presidência nos Estados Unidos - Sputnik Brasil
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A declaração de Donald Trump de que ele iria proteger os aliados da OTAN contra a suposta "agressão russa" apenas na condição de que eles “paguem as contas”, estarreceu os países do Báltico.

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Em sua recente entrevista ao The New York Times, o candidato republicano afirmou que, no caso de uma "agressão russa" em relação aos membros da OTAN, incluindo os países bálticos, os EUA só ajudarão caso esses países cumpram as suas obrigações para com a OTAN e os Estados Unidos.

"Você não pode esquecer as contas. Eles têm a obrigação de fazer pagamentos. Muitos países da OTAN não fazem os pagamentos, não estão fazendo o que é suposto fazer. Isso é algo importante”, assinalou o magnata. Esta declaração semeou a discórdia na aliança militar e assustou as autoridades dos países bálticos.

O presidente da Estónia, Toomas Hendrik, escreveu no seu Twitter que seu país é um dos cinco membros da OTAN que canalizam 2 por cento do PIB para gastos militares, salientando que a Estónia "combateu, sem condições" durante a operação da OTAN no Afeganistão nos termos do artigo 5.

​O ex-ministro da Defesa da Letónia Artis Pabriks assinalou que, se Trump não mudar seu ponto de vista, a sua presidência pode pôr em risco a segurança da região.

O ex-oficial da USAID Josh Cohen divulgou à Reuters na sexta-feira que as afirmações de Trump de que os Estados Unidos não podem continuar a ser a "polícia mundial" merecem ser levadas a sério, e acrescentou que as intervenções norte-americanas no Iraque e na Líbia "apoiam as palavras de Trump".

"O Trump propõe uma política externa norte-americana mais focada nos interesses nacionais americanos <…> do que anteriormente" escreveu Cohen no seu artigo.

A doutrina do "realismo político" de Trump põe em questão se os EUA precisam de fato do Báltico; e é isso que semeou o pânico entre as elites bálticas.

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