Brexit diminui chances da Ucrânia, Geórgia e Moldávia fazerem parte da União Europeia

A empresa de inteligência global Stratfor, que é considerada uma espécie da Agência Central de Inteligência na sombra, estima que as consequências negativas do referendo do Brexit serão mais pesadas para Ucrânia, Geórgia e Moldova, o que afetou seriamente suas chances de aderir à UE.

De acordo com a empresa, a saída da Grã-Bretanha da UE colocará o bloco à beira do colapso, o que significa grandes implicações econômicas e políticas para Bruxelas. Consequentemente, a UE estará mais focada em questões internas do que na extensão das suas fronteiras para oriente.

A Stratfor prevê incertezas para Chisinau, Kiev e Tbilisi que têm há muito tempo procurado a adesão à UE. A instabilidade política na Europa por causa do Brexit diminuiu as chances dos três países, apesar das recomendações por parte dos parlamentares da UE de garantir-lhes um regime sem vistos.

"Agora esses países estão se preparando para o pior cenário possível no qual a liberalização dos vistos, um marco importante para obter filiação na UE, foi adiada por um prazo ainda mais longo, fazendo a adesão mais distante do que nunca", diz o comunicado da Stratfor.

Segundo a empresa, é provável que a UE desista da sua posição dura em relação à Rússia, facilitando e levantando aos poucos as sanções.

Os líderes dos três países da Europa Oriental têm demonstrado sua lealdade ao rumo pró-europeu apesar de suas dificuldades políticas. Porém, a população tem estado insatisfeita com os recentes eventos e está pedindo aos políticos para tomarem uma posição mais amistosa em relação à Rússia.

O referendo do Brexit foi realizado no dia 23 de junho de 2016.

Foram 51.9 por cento os britânicos que votaram a favor da saída da Grã-Bretanha da UE.