Pentágono quer enviar F-35 para vizinhança da Rússia

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O Pentágono planeja aparentemente enviar caças Lockheed Martin F-35 Lighting II para a região do Báltico para participarem em missões de patrulhamento aéreo na Estônia, Letônia e Lituânia.

A iniciativa vai ser mal acolhida por Moscou, que manifestou repetidamente sua preocupação com a intensificação da presença militar do bloco perto das fronteiras da Rússia.

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A iniciativa foi revelada no dia 13 de julho. O comandante do Comando do Combate Aéreo (ACC em inglês) general Hebert Carlisle disse ao Comitê dos Serviços Armados da Câmara dos Representantes dos EUA que ele "quer" que caças F-35 "executem missões de controle no Báltico" logo que o caça modernizado de quinta geração esteja operacional. Ele acrescentou que isto pode ocorrer em um futuro próximo.

Carlisle já tinha discutido a ideia com o Comandante Supremo Aliado na Europa da OTAN, general Curtis Scaparrotti, o Comandante da Força Aérea dos EUA na África, Frank Gorenc, e com os comandantes no Báltico.

"Falando com os chefes de forças aéreas da Europa na semana passada, todos eles estão interessados na possibilidade de estimar a visibilidade desta aeronave executando missões nacionais", disse Carlisle. 

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Um dia mais tarde, o Comandante da Força Aérea da Estônia, coronel Jaak Tarien, disse que se o Pentágono aprovar a medida, a Estônia vai estar pronta para acolher os F-35.

"Um avião não é frequentemente referido como supercomputador. O F-35 pode, por exemplo, se manter invisível para sistemas da defesa antiaérea russos instalados em Kaliningrado", disse ele no ar do rádio Estonian Public Broadcastiing (ERR). 

A OTAN está classificando estas medidas como uma mensagem que deve mostrar que o bloco está pronto para se proteger da ameaça inexistente por parte da Rússia. Por seu lado, Moscou está preocupado com essas iniciativas.

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A OTAN não conseguiu se focar nos desafios reais que têm de ser abordados, disse o chefe do Comitê da Duma para Assuntos Internacionais Aleksei Pushkov.

"Terrorismo non-stop: Orlando, Bagdá, Istanbul, Nice, Almaty. Entretanto, a OTAN está preocupada com a ideia de defender OTAN de uma ameaça imaginada", tweetou ele. 

A OTAN tem afirmado várias vezes sua intenção de posicionar suas tropas na Europa Oriental. Por sua vez, Moscou expressou seu descontentamento com as iniciativas da Aliança destinadas ao aumento da presença militar na fronteira com a Rússia e afirmou que tais ações são uma ameaça aos seus interesses e segurança nacional.

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