EUA manipulam OTAN com 'ameaça russa'

© flickr.com / U.S. Naval Forces Suecos sobem a bordo de navio de guerra polonês durante os exercícios militares BALTOPS da OTAN
Suecos sobem a bordo de navio de guerra polonês durante os exercícios militares BALTOPS da OTAN - Sputnik Brasil
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Não é o Daesh que a OTAN considera uma ameaça, mas Moscou, para justificar seus gastos exagerados com a defesa, escreve o jornalista irlandês Brian McDonald.

Na Declaração de Varsóvia, que os países da OTAN aprovaram no final da cúpula da aliança, a Rússia é mencionada quatro vezes, enquanto o Daesh aparece no documento apenas uma vez, destaca o jornalista.

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Segundo ele, isso pode ser associado ao fato de que a luta contra o terrorismo não exige submarinos caros ou armas nucleares, ao contrário do confronto com um país como a Rússia. Ao mesmo tempo, a OTAN não se preocupa com o fato de Moscou não estar interessada no hipotético conflito.

“O fato é que uma guerra dessas, com envolvimento dos arsenais nucleares e que provavelmente causaria a morte da civilização humana, não preocupa a OTAN porque é conveniente para a aliança usar a Rússia como uma ameaça horrível a fim de manter os gastos dos EUA com a defesa”, conclui o artigo.

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Agora Washington gasta com sua defesa cerca de 17% do orçamento dos EUA. Isto se deve ao fato de seis das oito principais empresas mundiais serem norte-americanas. Elas fornecem empregos a cerca de 750 mil pessoas, isso sem incluir as indústrias que dependem delas. Assim, a redução dos gastos dos EUA com a defesa seria equivalente a um suicídio político, disse o jornalista.

McDonald acredita que a maior ameaça à segurança europeia tem suas origens no Oriente Médio. Só para Alemanha no ano passado vieram mais de um milhão de refugiados, o que contribuiu para a instabilidade política e social no continente. As pessoas fogem dos países que os EUA ajudaram a destruir, em particular, do Iraque e da Líbia. Além disso, o Daesh está matando pessoas no território de membros da OTAN, organizando atentados terroristas em Paris e Bruxelas, mas a aliança continua insistindo no fato de que a Europa não está ameaçada pelo terrorismo, mas pela Rússia, resume o autor.

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