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Beltrame: verba da União vai retomar programas que irão reduzir de novo a violência no Rio

REPORTAGEM SEGURANÇA BRASIL 2 DE 13 07 16
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O Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame participou nesta quarta-feira (13) de um seminário no Rio com secretários de vários estados para discutir Políticas de Segurança Pública para combater o aumento da violência no Brasil.

No encontro, Beltrame reconheceu que os índices de segurança no Rio, sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, não estão bons, mas destacou que muitas medidas foram adotadas nos últimos dez anos em termos de ações de segurança que controlaram a violência no Estado e no país.

Apesar da crise atual, onde de janeiro até maio foram registrados mais de 2 mil homicídios no Rio, José Mariano Beltrame prometeu melhoras nos resultados de combate à violência e defendeu a privatização da Segurança Pública.

"Eu acho que não há mais espaço para amadorismo na questão de segurança pública, ela deve ser levada de uma maneira a tratar o serviço público como se ele fosse privado. Se possível remunerar por isso. Se olharem, o que que tinha de planejado nesse país nos últimos dez anos ou talvez menos em segurança pública? Eu me arrisco a dizer que nada. Talvez em um Estado ou outro alguma coisa. Eu acho que aqui (no Rio de Janeiro) nós criamos. Nós aqui demos a condição, pelo menos uma condição estratégica, de administrar as coisas de uma maneira diferente."

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Ao participar na terça-feira (12), de uma reunião com deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), José Mariano Beltrame ouviu a demanda dos parlamentares e falou sobre as dificuldades da Secretaria diante da crise financeira no Rio.

Os deputados destacaram para o secretário, o aumento da violência em algumas áreas do estado, como o Norte e o Noroeste, a Baixada Fluminense e a Zona Oeste da Capital, além de pedirem o aumento do efetivo policiais para essas regiões. 

Já José Mariano Beltrame falou sobre os programas que foram interrompidos no Estado por falta de verba, mas garantiu que com os recursos de quase R$ 3 bilhões doados ao Rio pelo Governo Federal, poderá ser retomado, por exemplo, o Regime Adicional de Serviço (RAS), que paga horas extras para policiais reforçarem o patrulhamento do Rio em dias de folga, e com isso, os índices de violência no Estado vão voltar a cair.

"Nós temos é que consolidar as vitórias que nós obtivemos. Eu posso dizer que diariamente amanhece na minha mesa pedidos de UPP — Unidades de Polícia Pacificadora em outros lugares e nós temos que dar toda a segurança a esse policial, através de equipamentos de alvenaria. 85 equipamentos de alvenaria já foram feitos, 900 carabinas, coletes balísticos para todos e agora com a formatura de policiais nós pretendemos recompletar algumas áreas que tem deficiências. Os programas todos que fizemos, não atingem a Capital ou a Baixada, São Gonçalo ou o interior, nós temos que ver o Estado inteiro. Se nós retomarmos esses programas, eu entendo que nós vamos retomar os índices que tínhamos anteriormente conseguido. Não só aqui, não só na Baixada, mas como no interior."

Beltrame, no entanto, ressaltou para os deputados que a ajuda R$ 2,9 bilhões enviada pela União no dia 4 de julho ainda não foi repassada para a Secretaria de Segurança.

Também presente na reunião, o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, disse que, por causa da falta de recursos, o sistema de tecnologia da informação da polícia está vulnerável e pode parar a qualquer momento.

"Com a crise financeira, um milhão de ocorrências por ano, três milhões de atendimentos, 20 mil laudos por mês e duas mil necropsias mensais ficam ameaçadas."

Ainda foram discutidos no encontro na Assembleia Legislativa temas, como o desvio de armas, a segurança no Rio após os Jogos Olímpicos, a readequação dos programa de segurança ao orçamento e o aumento do número de policiais mortos no Rio, que já chega a 60. De acordo com a Deputada Martha Rocha (PDT), só neste ano 238 policiais foram baleados no Estado.

O Secretário de Segurança informou que as regiões de ataque aos policiais foram mapeadas e estão passando por operações para prender os responsáveis pelos crimes.

"A polícia Militar já na semana passada lançou um plano onde foram mapeadas as áreas, os locais, os horários e os dias de maior incidência onde policiais sofreram qualquer tipo de agressão, e nesses locais, em cima dessa mancha, a Polícia está desenvolvendo 86 operações, em cima de 86 pontos aonde os policiais foram vitimados ou mais vitimados."

José Mariano Beltrame aproveitou e pediu a ajuda dos deputados para nomear 1.300 policiais militares que foram aprovados no último concurso e que estão em estágio probatório. 

Sobre a segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Beltrame disse que o planejamento está muito bem feito e acredita que o evento vai transcorrer com tranquilidade.


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