Guerras de papel higiênico na Venezuela ganham força

© AP Photo / Butch DillUma menina entre rolos e faixas de papel higiênico
Uma menina entre rolos e faixas de papel higiênico - Sputnik Brasil
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Ontem (11 de junho) o ministro do Trabalho da Venezuela assinou um documento que permite ocupar uma empresa americana de produção de papel higiênico, a Kimberly-Clark. Esta decisão foi saudada com alegria pelos funcionários locais.

A empresa americana decidiu suspender a produção de artigos de higiene pessoal na Venezuela, ligando isso com o agravamento das condições econômicas. Para não permitir uma nova crise de falta destes artigos, o governo ordenou ocupar a empresa.

"Vamos assinar o pedido que nos foi feito pelos trabalhadores, onde apresentaremos (…) a ocupação imediata da entidade de trabalho Kimberly-Clark da Venezuela (…) por parte dos trabalhadores", declarou o ministro do Trabalho, Oswaldo Vera, se apresentando em frente da empresa, na cidade de Maracay.

O ministro ordenou ligar as máquinas em meio a aplausos dos funcionários, se referindo à advertência do presidente Nicolás Maduro de intervir nas companhias que paralisarem suas atividades.

"Bem-vindos ao setor empresarial que quer acompanhar o governo, mas empresa que é fechada, é empresa que será ocupada e aberta pelos trabalhadores e pelo governo revolucionário", disse.

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No sábado (9), a Kimberly-Clark anunciou a suspensão de sua atividade por causa de uma "carência de divisas" para adquirir matéria-prima e "o rápido aumento da inflação".

Segundo um comunicado da multinacional, esses fatores tornam "impossível operar" no país.

Desde 2003 o governo da Venezuela realiza um controle austero do câmbio, monopolizando a distribuição de divisas. Por causa da queda dos preços do petróleo, que constitui a maior parte das receitas do orçamento estatal, se observa uma falta grave de divisas.

Há muito que na Venezuela se observa também uma falta de artigos de primeira necessidade. A oposição acusa o governo desta situação.

Vários anos atrás o presidente do país Nicolás Maduro criou um Comitê especial para lutar contra a falta de papel higiênico, acusando os especuladores.

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