Ex-presidente soviético Gorbachev: 'Próxima guerra será a última'

© AP Photo / dpa, Jens KalaeneEx-presidente da União Soviética, Mikhail Gorbachev
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Os líderes da OTAN concordaram na sexta-feira (8) em enviar forças militares para os Estados Bálticos e Polônia oriental, aumentando as patrulhas aéreas e marítimas para demonstrar sua prontidão em defender os membros orientais contra a suposta "agressão russa”.

Após a decisão tomada na cúpula da OTAN em Varsóvia, Mikhail Gorbachev disse que se deve considerar isso como uma preparação para uma guerra “quente” com a Rússia.

No sábado, Gorbachev disse em uma entrevista à emissora de rádio russa Eco Moskvy que ele adere ao que tinha dito anteriormente, quando considerava as decisões da OTAN como míopes e perigosas.

"Esses passos levam à tensão e perturbações. A Europa está se dividindo, o mundo está se dividindo. Este é um caminho errado para a comunidade global", disse. "Há demasiadas crises globais e individuais para abandonar a cooperação. Ela é essencial para relançar o diálogo".

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Segundo o ex-presidente soviético, instalando irresponsavelmente quatro batalhões multinacionais perto das fronteiras russas, "a uma distância de tiro", a Aliança aproxima outra Guerra Fria e mais uma Corrida aos Armamentos.

"Ainda há maneiras de evitar (…) a ação militar", sublinhou Gorbachev. "Eu diria que a ONU deve ser chamada para essa questão."

Ele também pediu que Moscou não responda a provocações, mas ao invés disso viesse à mesa de negociações.

"Na situação atual (…) todas as forças políticas, econômicas, diplomáticas e culturais devem ser contratadas para pacificar o mundo. Recorde que a próxima guerra será a última."

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