Desinformações mais absurdas sobre Rússia na mídia ocidental

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Presidente russo Vladimir Putin fala aos jornalistas na sua residência em Sochi, Rússia (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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O ex-funcionário do Departamento de Estado norte-americano e colunista da revista The Nation, James Carden, analisou publicações em recursos midiáticos ocidentais mais respeitáveis e descobriu que jornalistas nem possuem qualquer ética na informação sobre a Rússia.

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Segundo ele, não é segredo que as acusações infundadas, em relação ao governo e presidente russo, nos últimos anos se tornaram numa indústria nos EUA.

"Durante o último mês o governo russo foi acusado de arrombamento da rede do Comitê Nacional do Partido Democrático dos EUA, do Brexit, do apoio silencioso à candidatura de Donald Trump e muitas outras coisas", destacou Carden.

Ele considera como líder desta indústria o jornal norte-americano The Washington Post.

Segundo Carden, a jornalista deste jornal Ellen Nakashima publicou um exclusivo sobre o arrombamento da rede do Comitê Nacional do Partido Democrático dos EUA por hackers russos. Segundo ela, tendo penetrado na base de dados, eles roubaram um dossiê dos democratas sobre Trump.

Além disso, Nakashima indicou o hacker com a alcunha Guccifer 2.0 como o autor do ataque. Entretanto, mais tarde se tornou público que ele não é russo, mas romeno.

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Em mais um artigo no The Washington Post, um correspondente ignorou estas informações e continuou a linha precedente declarando que Guccifer 2.0 é membro de um grupo de hackers russos.

A história conseguiu grande destaque na mídia norte-americana. A publicação The New York Observer até escreveu que além de hackers russos atacarem a rede do Comitê Nacional do Partido Democrático dos EUA, também hackers do grupo terrorista Daesh trabalham para a Rússia.

A apresentadora do canal MSNBC Rachel Maddow acusou dos ataques o próprio presidente russo Vladimir Putin. Entretanto, nenhum deles apresentou quaisquer provas de suas declarações.

Além da história em torno do ataque de hackers, o The Washington Post pulicou um artigo em que diz que o presidenciável norte-americano Donuld Trump é próximo do Kremlin. Carden disse que, segundo jornalistas ocidentais, a atitude amigável de Donald Trump para com a Rússia e Putin é muito esquisita, porque nos círculos políticos domina a posição antirrussa.

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Outro tema que "preocupa" a mídia ocidental é que o embaixador russo nos EUA violou a tradição de não se envolver na política interna do país anfitrião e assistiu ao discurso de Trump em Washington.

Carden destacou que os próprios diplomatas norte-americanos repetidamente violaram essa "tradição". Em particular, o embaixador norte-americano na Ucrânia Jeffrey Payette e a assessora do secretário de Estado norte-americano Victoria Nuland assistiram a protestos contra o governo ucraniano, conhecidos como Maidan, em dezembro de 2013.

Certamente que o The Washington Post não é a única publicação que divulga informações falsas sobre a Rússia.

O artigo mais absurdo, na opinião de Carden, foi publicado no The Telegraph britânico, que disse que os desordeiros de futebol no Euro 2016 têm ligações com Kremlin e que a Rússia visava desqualificar a equipe inglesa do campeonato e lançar achas para a fogueira do Brexit.

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Carden sublinhou também que jornais como o The Guardian começaram publicando informações de que o Brexit era parte dos interesses de Putin ainda antes da votação, chamando mesmo Putin de um dos iniciadores da saída britânica da União.

"Tudo isso podia ser engraçado, mas as consequências geopolíticas são muito graves. Um fluxo incessante de fatos e acusações mal fundadas contribuíram para o desenvolvimento da situação até este último momento perigoso que enfrentamos hoje", afirmou o jornalista do The Nation.

As informações falsas da mídia ocidental minaram as oportunidades de suavizar as relações entre a Rússia e os EUA. Em situação de conflito, os europeus e norte-americanos precisam de informações mais corretas sobre a Rússia, afirmou Carden.

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