Leia a íntegra dos comentários da Sputnik com o especialista russo em matérias militares Vasily Kashin.
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Este passo vai levar ao crescimento do descontentamento da China, tanto nas relações com a administração da ilha, como nas relações com os Estados Unidos. Taiwan realiza esses testes nos Estados Unidos devido à falta de polígono na ilha. Além disso, Taiwan provavelmente não possui um simulador de alvos para mísseis balísticos com as características necessárias.
Apesar de toda a importância dos sistemas de mísseis antiaéreos para Taiwan, o papel da PAC 3 é realmente questionável. Taiwan possui um número limitado de tais sistemas e de mísseis para eles. A capacidade bélica deles, com elevada probabilidade, não permitirá rechaçar mesmo o primeiro ataque. No que se refere às perspectivas de uma campanha prolongada, posso dizer que os estoques de mísseis balísticos de curto alcance da China, de acordo com várias estimativas, contam com 1500-1700 unidades. Se considerarmos que um míssil antiaéreo PAC 3 custa de 2 a 4 milhões de dólares (R$ 7-14 milhões), e que para destruir um alvo balístico são precisos pelo menos 2 mísseis, se torna óbvio que Taiwan não vai ser capaz de adquirir o número necessário de mísseis.
Independentemente dos esforços dos EUA e de Taiwan, a superioridade bélica da China nesta área é inquestionável. A única questão é se Pequim seria capaz de conquistar Taiwan antes de os EUA e o Japão poderem empreender algo para impedir essa intervenção. Com o tempo, as hipóteses de uma tal operação chinesa ser bem sucedida aumentam.