Venezuela exige demissão de Almagro da secretaria-geral da OEA

© AP Photo / Jacquelyn Martin / Acessar o banco de imagensLuis Almagro, secretário-geral da OEA
Luis Almagro, secretário-geral da OEA - Sputnik Brasil
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A chanceler venezuelana Delcy Rodriguez pediu nesta segunda (20) a demissão de Luis Almagro do cargo de secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), por “falta de equilíbrio” e “imparcialidade” no exercício de suas funções.

Um dos exemplos dessa atitude que viola os princípios da Carta da OEA, segundo Rodriguez, é a entrevista que Almagro deu recentemente ao jornal espanhol El Pais.

"Uma evidência (…) das violações da Carta da OEA por parte de (Luis) Almagro. Estaremos observando", escreveu a chefe da diplomacia venezuelana em sua conta no Twitter, onde também pediu a renúncia do secretário-geral alegando que ele atua "como um ativista da oposição extrema e antidemocrática da Venezuela".

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Na semana passada, a Venezuela conseguiu aprovar, durante a Assembleia Geral da instituição, uma resolução cujo objetivo era avaliar "o respeito [de Almagro] pelas instituições e regulamentos da organização" no exercício de seu cargo. A moção foi apoiada por 19 países, rejeitada por 12, além de ter havido duas ausências e uma abstenção.

Na Assembleia Geral, o chanceler da Nicarágua, Denis Moncada, também pediu a renúncia de Almagro, enquanto o chefe da diplomacia do Equador, Guillaume Longg, exortou o funcionário a agir em estrita conformidade com as regras da OEA.

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Segundo Caracas, Almagro está "na folha de pagamento do Departamento de Estado [dos EUA]" e viola a normativa da OEA com declarações desmedidas e intervencionistas contra o governo de Nicolás Maduro.

Em março deste ano, Almagro escreveu uma carta na qual se dirigiu ao presidente venezuelano com epítetos como "ladrão", "traidor" e "ditadorzinho", insistindo que o chefe de Estado deveria submeter-se a um referendo revogatório fora dos procedimentos estabelecidos na própria Constituição venezuelana.

Na entrevista concedida ao El Pais, Almagro reafirmou que "as prioridades na Venezuela devem ser o revogatório, a liberdade de presos [políticos] e a ajuda".

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