Bálticos não estão satisfeitos com a OTAN e buscam mais apoio

© AFP 2023 / Damien SimonartJogos de guerra da OTAN, Anakonda-16
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A Letônia, a Lituânia, a Estônia e a Polônia continuam pressionando a OTAN nas suas tentativas de aumentar a defesa aérea no seu território para combater uma alegada agressão russa.

A OTAN vai enviar quatro batalhões internacionais à Polônia e aos três países bálticos para “deter a Rússia”, disse o secretário-geral Jens Stoltenberg em uma conferência na véspera do encontro de ministros da Defesa em Bruxelas.

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Os membros bálticos da OTAN saúdam o desdobramento mas este não lhes parece suficiente. Os três países e a Polônia esperam que a OTAN os assista na criação de sistema da defesa antimísseis. O objetivo é formar uma espécie de escudo contra a alegada ameaça de aviões e mísseis russos, escreveu na segunda-feira a Reuters, citando oficiais da região.

"A defesa do nosso espaço aéreo está em primeiro lugar", afirmou o chefe das forças armadas estonianas, tenente-general Riho Terras, adicionando que "a defesa aérea é um desafio que deve ser resolvido em conjunto com a aliança da OTAN".

De acordo com o ministro da Defesa letão, Juozas Olekas, os jatos da OTAN que protegem os céus no Báltico são essenciais a "parar uma possível agressão aérea".

"Estamos discutindo a criação de um sistema de defesa aérea regional com a Lituânia, a Estônia e a Polônia", disse ele. Olekas destacou que ele vai levantar a questão nas negociações com os homólogos da OTAN na terça e quarta-feira em Varsóvia.

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Os estados bálticos proclamam que precisam de um interceptor de mísseis de médio alcance, produzido pela empresa americano-norueguesa Kongsberg Gruppen e pelo maior fabricante de armamentos, a Raytheon.

"Não estamos falando apenas sobre a defesa da Lituânia, mas também sobre a credibilidade de toda a aliança", declarou o ministro das Relações Exteriores da Lituânia, Linas Linkevicius.

Moscou negou repetidas vezes as acusações de que intenta ameaçar os países da ex-União Soviética.

"A Rússia nunca vai invadir qualquer país da OTAN. Não temos nenhum plano sobre isto", disse recentemente o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

Muitos altos oficiais da OTAN sugerem que as conversas sobre uma possível invasão por parte da Rússia são infundadas, ideia que é apoiada por Berlim e Paris.

Segundo diferentes especialistas, outros membros da OTAN, tentando combater a crise de refugiados, não querem alocar recursos para fortalecer a fronteira contra uma ameaça inexistente.

Além disso, este passo levará Moscou a tomar contramedidas, o que não ajudará a diminuir as tensões na região.

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