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Por que os EUA não querem cooperar com Rússia na Síria?

© REUTERS / Jacquelyn MartinO Secretário de Estado John Kerry e o Ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov
O Secretário de Estado John Kerry e o Ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov - Sputnik Brasil
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Enquanto os Estados Unidos apoiam as Forças democráticas da Síria (FDS) em sua luta contra o Daesh, a agência Stratfor tenta explicar por que Washington se recusa a cooperar com a Rússia na Síria.

A Stratfor, uma empresa de serviços de inteligência norte-americana especializada em espionagem estratégica, conhecida como "sombra CIA", divulgou sua própria versão de por que os EUA não quererem cooperar com a Rússia na Síria.

"Claro que os Estados Unidos querem que a ofensiva contra Daesh seja bem-sucedida", escreveu o site da organização, se referindo aos esforços americanos para liberar a cidade de Raqqa dos terroristas do Daesh.

No entanto, Washington não mostra entusiasmo para aceitar ajuda da Rússia porque essa ajuda "tem seu preço".

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A Rússia já tentou "utilizar seu envolvimento na Síria para envolver os EUA no diálogo sobre questões mais amplas: as sanções contra a Rússia por causa das ações na Ucrânia, os treinamentos militares da OTAN na Europa e outros", afirma a empresa.

A Casa Branca mostrou vontade de "abrir o diálogo sobre coordenação tática com Moscou, mas Washington não se sente obrigado a fazer concessões importantes para a Rússia".

A intenção da Rússia para as próximas semanas é "assegurar a coordenação com os EUA para que este se torne um assunto inevitável para Washington", diz a empresa norte-americana.

"Se as forças governamentais, apoiadas pela Rússia, conseguirem se reunir com as Forças democráticas da Síria, apoiadas pelos Estados Unidos, em Raqqa, a Rússia poderia ser considerada como um aliado dos EUA na luta contra o Daesh", escreve o site.

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O grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) se autoproclamou "califado mundial" em 29 de junho de 2014, se tornando imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista da tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana do Iraque em 2003, esta organização começou se fortalecendo, até se transformar, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas reconhecida secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.

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