As flores do mal: esquecida a Primavera Árabe, chega a Primavera Europeia

© REUTERS / Marko DjuricaA crise migratória na UE
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O Ocidente está pagando um preço alto por sua política de “não atacar terroristas desde que eles não ataquem”, afirmou o jornalista Seref Oguz em seu artigo publicado no jornal turco Sabah.

“Podemos chamar os acontecimentos em Paris e Bruxelas de Primavera Europeia? Claro que podemos. Ainda muito mais porque aqueles que tinham iniciado a ‘Primavera Árabe’ agora estão começando outro processo que está acontecendo à porta da sua casa”, acrescentou.

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Ele disse que essa primavera não é semelhante à que tinha desestabilizado outros países com o objetivo de expulsar seus líderes que não estavam suficientemente subordinados ao Ocidente. Tudo tinha que ver com exigências sociais e o novo conflito entre classes.

“Como um bumerangue que regressa para quem o lançou, as chamas que foram acesas no Egito para derrubar o governo local podem agora se reacender no Paris.”

O terrorismo causado por tensões entre os que têm e os que não têm, por causa do desequilíbrio causado pela crise global, agora está nas ruas de Paris.

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“É difícil dizer onde mais poderá ter lugar essa ‘Primavera Europeia’, mas num tempo em que a afluência e a pobreza se estão reunindo, as consequências destes acontecimentos poderão ser muito mais dramáticas”, diz o autor.

“As flores do mal estão florescendo também na Alemanha, nosso irmão de armas que ainda tenta nos dar a punhalada pelas costas na Espanha, Polônia e Grécia.  A ‘Primavera Europeia’ será diferente. Teremos que ver se acontece no verão ou no inverno”, concluiu ele.

Entretanto a França, que é a segunda economia da União Europeia, está mergulhada em instabilidade social que acontece durante a segunda semana de protestos em massa contra as reformas pelo governo das leis trabalhistas; todo o sistema de transporte ferroviário está afetado pelas greves. 

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