Governo pode proibir funcionários públicos russos de usarem messengers estrangeiros

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O Ministério de Desenvolvimento Econômico da Rússia apresentou a iniciativa de limitar o uso de messengers desenvolvidos no exterior para altos funcionários e militares do país, informou o jornal russo Kommersant nesta segunda (30).

Segundo o relatório sobre as prioridades da compra de software nacional, feito para o presidente Vladimir Putin, o ministério sugeriu a proibição do uso de messengers estrangeiros, como WhatsApp, Viber, o Skype e Telegram, e desenvolver software equivalente para o governo, tarefa incumbida ao gigante russo de serviços de internet Mail.ru.

O Ministério também aconselhou ao presidente a ampliar a lei da proibição de uso de software estrangeiro pelo governo, aprovado em 1 de janeiro de 2016. De acordo com a publicação, o ministério sugeriu proibir além da compra do software, também a prestação de serviços de desenvolvimento de novo software e manutenção dos serviços existentes por entidades estrangeiras.  As medidas serão aplicadas ao governo, militares e empresas estatais.

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Pela primeira vez, a questão de uso de messengers estrangeiros pelos funcionários públicos russos, inclusivamente no trabalho, foi levantada pelo secretário do Conselho da segurança da Rússia Nikolai Patrushev em 2015. Segundo ele, ultimamente, aumentou o número de casos de vazamento de dados na Rússia, causados pelo uso de software estrangeiro pelos funcionários públicos. Mais tarde, a câmara alta do Parlamento russo saiu com a iniciativa de proibir o uso os serviços do Google, Yahoo! e WhatsApp pelos parlamentares e altos funcionários, mas o projeto da lei foi rejeitado em março deste ano.

​Em abril, a administração presidencial russa entrou em contato com o Grupo Mail.ru e o Instituto de Desenvolvimento de Internet, a fim de este desenvolver um messenger para os funcionários do governo russo.

O novo messenger pode vir a ter mais de 1,5 milhões de usuários. De acordo com o Ministério das Finanças, na Rússia atualmente tem cerca de 1,6 milhões de funcionários públicos e quase 800.000 militares.

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