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MP: delegado não é mais responsável por investigar estupro coletivo

© Tomaz Silva/ Agência BrasilDelegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, Alessandro Thiers
Delegado titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, Alessandro Thiers - Sputnik Brasil
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O Ministério Público determinou, neste domingo, que Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), cujo titular é Alessandro Thiers, ficará encarregada de investigar o vazamento das imagens do estupro nas redes sociais, enquanto o caso envolvendo o estupro coletivo da menor vai para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV).

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Brasil: Adolescente é vítima de estupro coletivo e autores divulgam vídeo na internet
A advogada Eloisa Samy Santiago, que defende a menor de 16 anos que alga ter sofrido estupro coletivo há uma semana no Rio, já havia questionado a postura de Thiers. Segundo ela, o delegado conduziu o depoimento da vítima de forma a culpá-la pelo ocorrido.

"Ele perguntou à vitima se ela tinha por hábito participar de sexo em grupo. A uma vítima de estupro", criticou a advogada. "Quero procurar todos os órgãos que possam auxiliar nesse caso. Inclusive a corregedoria de polícia. Quero representar contra o delegado Alessandro Thiers."

O caso ocorreu há cerca de uma semana, no morro São José Operário, em Jacarepaguá,  na zona oeste da cidade. Um vídeo mostrando o crime foi divulgado na última quarta-feira, na internet, por um dos 33 homens que teriam participado. Eloisa Samy Santiago defende a menor junto com a advogada Caroline Bispo.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) já havia se manifestado favoravelmente ao desmembramento do inquérito. Na noite do último sábado, os promotores do MP se reuniram com as advogadas da adolescente, que fizeram questionamentos em relação às investigações da Polícia Civil e a forma como o delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), vinha atuando no caso, segundo elas “de forma machista e misógina”.

Os promotores atenderam a três dos pedidos das advogadas, inclusive sobre a necessidade de desmembramento do caso, mas não se posicionaram contra o afastamento do delegado por entender que essa era uma atribuição da polícia civil.

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