Opinião: NASA gasta bilhões irracionalmente

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O jornalista russo e comentador Sergei Cherkasov divulgou o seu análise “especial”.

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De acordo com o analise do estado atual da exploração do espaço por homem, publicado no portal russo de notícias e análise PolitRussia, o especialista começa por lembrar os tempos da corrida espacial durante a Guerra Fria entre os EUA e a Rússia, que pode ser descrita com as palavras “dinamismo” e “ritmo acelerado de exploração espacial”.

“Já ficou no passado o tempo quando os voos ao espaço foram o resultado de sobrecarga industrial, momentos ‘eureka’ do pensamento científico e o de salto tecnológico de duas superpotências”, notou.

Falando em geral sobre os países que estão presentes na imensidão do Universo, Cherkasov escreveu:

“Atualmente, o espaço não é um campo de jogo pelo prestígio global, ou mesmo o campo de combate (pelo menos, ainda não é), mas é o mercado. E o número dos jogadores que querem competir aumentou”.

O analista destacou especialmente os orçamentos que os jogadores têm e o modo de qual eles distribuem os seus recursos.

“Hoje estamos no ano 2016, já estamos acostumados às sanções. Já não nos preocupamos muito sobre o colapso do petróleo – vai aumentar assim como caiu. E quase paramos de nos preocupar sobre as vacilações do dólar. Mesmo assim os tempos não são fáceis – é preciso poupar e o orçamento da [empresa estatal espacial] Roscosmos foi bem-cortado, caiu significativamente em comparação com os [orçamentos da indústria espacial] de outros países”.

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O jornalista notou também que a NASA tem o orçamento de mais de 19 bilhões de dólares (quase 70 trilhões de reais), a Agência Espacial Europeia (ESA) tem quase 6 bilhões de dólares (quase 22 bilhões de reais), o Japão em 2015 gastou quase 3 bilhões de dólares (quase 11 bilhões de reais) e a China em 2016 já gastou entre 1,5 e 2 bilhões de dólares (mais de 8 bilhões de reais).

E a Roscosmos?  Só trabalha com um pouco mais de 100 bilhões de rublos, ou seja, 1,5 bilhões de dólares (5,5 bilhões de reais), nota Cherkasov:

“Mesmo assim, os lançamentos dependem não da montante de dinheiro em disposta, mas, segundo mostra a prática, de modo como é usado. Veja para os indianos por exemplo. Em 24 de setembro de 2014 o satélite indiano Mangalyaan sucessivamente entrou a órbita marciana após voar por quase 11 meses através o espaço”.

Assim, na primeira tentativa, a Índia conseguiu se tornar o sexto país os engenheiros e cientistas do qual tinham bastante recursos e competências para fazer algo deste tipo. Antes a Índia, só a ESA conseguiu fazer o mesmo na primeira tentativa, por usar o foguete russo Soyuz FG.

A Índia gastou só 75 milhões de dólares (quase 270 milhões de reais).

Os americanos com a sua missão do satélite MAVEN também entraram na órbita de Marte. Mas para fazer isso, gastaram 683 milhões de dólares.

“Atualmente o espaço não é ‘mais rápido’ ou ‘mais alto’, mas é ‘racionalmente’ e ‘parcimoniosamente’”, sublinhou o autor.

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