Mídia: países europeus não querem cooperar com a OTAN contra a Rússia

© AP Photo / Virginia MayoJens Stoltenberg, secretário-geral da OTAN
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Depois de Washington ter decidido enviar apenas um batalhão ao Leste Europeu, no lugar de dois, a OTAN não tem conseguido encontrar aliados europeus que estariam dispostos a cobrir este desfalque provocado pela mudança de planos dos EUA, escreve o jornal americano The Wall Street Journal.

De acordo com a publicação, os aliados europeus não estão cedendo a pressão dos colegas norte-americanos, já que nem todos os membros europeus da OTAN partilham a preocupação com relação à suposta ameaça russa. O reforço das fronteiras orientais é vantajosa somente para os aliados da Europa Oriental, enquanto que os países da Europa Ocidental estão muito mais preocupados com a ameaça do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico).

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Segundo o jornal, apesar da pressão dos EUA, as autoridades dinamarquesas, por exemplo, alegam que o envio de tropas ao Leste Europeu demanda maiores recursos do que o seu país possui. Já a Noruega argumenta a sua recusa com o fato de que ela mesma divide fronteiras com a Rússia e, portanto, precisa focar na sua própria segurança.

Todas essas declaração certamente não agradam a Washignton, e tanto os democratas como os republicanos vêm aumentando o tom de suas críticas com relação aos aliados na Europa, dizendo que eles relutam em pagar pela própria segurança enquanto utilizam-se de recursos dos EUA na região. Obama teria, inclusive, os chamado de “aproveitadores, escreve o The Wall Street Journal.

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Apesar disso, o jornal garante que Washington possui um “plano B”, que consiste em atrair um outro aliado não europeu para a região – o Canadá. Autoridades dos EUA e da OTAN tem debatido ativamente o possível aumento de contingente canadense na Polônia de 220 para até mil militares.

Vale lembrar que a OTAN decidiu aumentar o seu potencial militar na Europa Oriental distribuindo novos 4 batalhões de mil homens cada entre a Polônia, Letônia, Lituânia e Estónia. EUA, Grã-Bretanha e Alemanha já declararam sua prontidão em disponibilizar três desses batalhões, mas o quarto voluntário ainda não foi encontrado.

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