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Para mais de 60% dos brasileiros, interesses privados de políticos movem impeachment

ENTREVISTA COM ANTONIO MARCELO JACKSON 2 DE 24-05-16
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Ibope Inteligência realizou, entre os dias 12 e 16 de maio, uma pesquisa que revela: segundo 63% dos brasileiros, interesses privados de políticos moveram o processo de impeachment.

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A pesquisa, realizada na primeira semana de governo provisório de Michel Temer, mostra que 70% dos entrevistados não acreditam em país mais honesto sob nova gestão.  As razões que motivaram o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff são bastante mal avaliadas. De acordo com o levantamento, quase dois terços da população, ou 63%, afirmam que deputados e senadores atuaram em seu próprio benefício ou de partidos e instituições privadas. Do total, só 23% disseram acreditar que os parlamentares foram motivados por interesses do país e da população.

Os que se manifestaram dizendo que os parlamentares agiram tanto por interesses próprios quanto em benefício do país somaram 8%. Os que não sabem ou preferiram não responder são 7%.

Somando os que dizem que tudo continuará a mesma coisa (53%) com os que acham que o país vai piorar (17%), 70% dos brasileiros não acreditam em um país mais honesto após o golpe.

Sputnik Brasil conversou sobre o tema com Antonio Marcelo Jackson, cientista político da Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais. Segundo ele, as pesquisas refletem mais uma vez os problemas do sistema político de presidencialismo de coalizão.

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"É um sistema que foi feito para não funcionar. Completando com o nosso sistema de eleição proporcional, que permitiu a seguinte anomalia. Nós temos 478 deputados que não foram eleitos com o próprio voto. Isso faz com que o deputado não tenha compromisso com o eleitor. A própria figura do Michel Temer também. A última vez que Michel Temer foi eleito com voto próprio foi em 2002, para deputado federal. Em 2006 ele volta à Câmara Federal, só que com voto de outros. E depois, se elege apenas como vice da Dilma Rousseff. O que isso significa? O eleitor brasileiro, com toda a crise política, esperava, apesar de todo esse quadro, que as ações fossem positivas. E no entanto, quando Michel Temer assume interinamente a presidência da república, ele nomeia uma série de ministros, entre os quais sete ou oito estão envolvidos com operação Lava Jato. É uma frustração gigantesca".

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