Chanceler turco renunciará se for provada ligação de Ancara com Daesh

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O ministro das Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu mostrou a prontidão de renunciar se for comprovada a ligação entre a Turquia e o grupo Daesh (proibido na Rússia), informou a Agência Anadolu nesta quarta (18).
© AP Photo / Mandel NganO Ministro das Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu
O Ministro das Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu  - Sputnik Brasil
O Ministro das Relações Exteriores turco Mevlut Cavusoglu

Na véspera, Cavusoglu participou em uma reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria em Viena, onde expressou sua insatisfação com as declarações do ministro das Relações Exteriores da Rússia Sergei Lavrov de que Ancara apoia o Daesh. O diplomata russo afirmou que tem muitos fatores que confirmam a existência de uma rede, criada pela Turquia, para fornecer armas e apoiar os terroristas. Em particular, o chanceler russo falou sobre a fronteira turco-síria, com a extensão de 90 quilômetros, que ainda é controlada pelos terroristas e a partir de onde eles, supostamente, recebem ajuda.

"Você, Sr. Lavrov, é um dos diplomatas mais experientes entre os participantes desta reunião. Por isso eu acho que você não deveria levar a sério esta mentira. Se a Rússia tiver pelo menos uma prova de apoio do Daesh pela Turquia, estou pronto a demitir-me", disse Cavusoglu em Viena.

​O diplomata também mencionou as palavras do presidente turco Tayyip Erdogan. Ele nega repetidamente a informação sobre a cooperação de Ancara com o Daesh e também declarou a sua prontidão de renunciar se essa ligação for comprovada. 

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Ao mesmo tempo, a mídia acusou várias vezes as autoridades turcas de assistência aos terroristas do Daesh (Estado Islâmico). Em março, jornalistas da agência russa RT publicaram alguns documentos de terroristas, encontrados no Curdistão sírio. Entre eles, em particular, estava um manual como trabalhar em poços de petróleo, relatórios financeiros detalhados sobre o comércio de matérias-primas, bem como passaportes carimbados na Turquia. Um dos militantes, em seguida, admitiu que a Turquia não apenas compra o petróleo dos militantes do Daesh, mas também lhes fornece alimentos, munições e outros bens.

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