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Modelo aprova menos músculos e mais naturalidade da mulher em ensaios de nu

ENTREVISTA COM AMANDA SOARES 2 DE 16 05 16
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O perfil das revistas de nu feminino no Brasil parece estar sofrendo mudanças. As mulheres musculosas estão dando lugar a mulheres mais magras e longilíneas.

Esta parece ser, por exemplo, a nova proposta da Revista Playboy, que atualmente não é mais só voltada para o público masculino, e traz como destaques do mês de maio duas modelos paranaenses, de 25 anos: a musa da capa é Vivi Orth, considerada uma das principais modelos brasileiras do momento, e outro ensaio contendo, dez páginas, apresenta Amanda Soares.

Em entrevista exclusiva para a Sputnik, Amanda contou que a nova proposta da publicação de delicadeza, sem usar o nu frontal e apostar na sofisticação foi decisivo para aceitar o convite do vice-presidente da revista no Brasil,  André Sanseverino.

“Após alguns trabalhos juntos, o André achou que eu me enquadrava bem dentro da proposta da Playboy, que é esta proposta hoje de focar mais no sensual, e não só no corpão e mulher bonita, mas mostrar que a mulher tem a sua beleza e não precisa tanto dessas curvas, desse silicone todo e trazer mais a naturalidade da mulher.”

Amanda ressaltou, que fotos sensuais são muito mais interessantes do que uma total exposição do corpo.

“Eu sempre fui do ouse, mas não mostre. Eu acho que o gostinho do quero mais é sempre mais interessante do que escancarar tudo. Por isso acabei me sentindo muito a vontade para participar do ensaio, justamente por não ter tanta exposição, e poder trabalhar com a sensualidade e não com a sexualidade.”

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Em relação a existência de preconceitos em torno de sair em uma revista masculina, apesar de tantas celebridades no país já terem realizado esse tipo de trabalho fotográfico, a paranaense não acredita que sofrerá prejuízos, muito pelo contrário, acredita que será um status a mais em sua carreira de modelo.

“Eu acho justamente o contrário. Eu acho que é um outdoor muito bom. O fato da revista ter mudado o conceito dela e estar com um perfil mais fashion ajuda muito. O ensaio foi lindo eu considero um dos trabalhos mais bonitos da minha carreira. Esse fato de tirar a sexualidade de foco ajuda bastante, trazendo um pouco do mundo fashion, ajuda a quebrar esse tabu  que revista masculina só tem mulher pelada. A Playboy hoje é um estilo de vida como é nos outros países e não só uma revista de nu.”

Sem dar muitas pistas sobre o tema do ensaio feito pelo fotógrafo Kadu Nakaguishi, Amanda ressaltou que estava muito bem preparada, confessando que ter colocado as tradicionais orelhinhas de coelhinha, marca registrada da publicação, fizeram com que ela se sentisse mais poderosa.

“É surpresa, mas as minhas orelhinhas de coelhinhas não eram as comuns, elas tinham pedras, foram feitas para o ensaio e ficaram muito bonitas. Poderosa. Foi uma realização. Nós pegamos algumas referências muito bonitas e elegantes dentro de nu artístico-moda, e demos uma incrementada com essas orelhinhas que são surpresa.”

Ao falar sobre a moda no Brasil, Amanda destacou que o mercado brasileiro está passando por uma transformando deixando o padrão de mulher alta e magra de lado. A modelo contou ainda que está começando negociações com o mercado internacional, e a primeira parada poderá ser o México.

“A moda no Brasil está bem bacana, está saindo um pouco daquilo de que mulher tem que ser extremamente alta e magra, eu mesma não tenho esse perfil, mas tenho trabalhado bastante.”

Sobre a mistura moda e política, a modelo deu ainda sua opinião sobre o episódio envolvendo a ex-primeira dama, Milena Santos, esposa do ex-ministro do turismo, Alessandro Teixeira (PT), que causou furor nas redes sociais após divulgar fotos sensuais em frente ao Congresso Nacional. Amanda Soares disse que não vê o ensaio da ex-Miss Bumbum Estados Unidos como moda.

“Eu acho que moda foge um pouco desse contexto dela. Era um concurso não tão voltado para a moda. Eu não considero moda. Acho sim que moda e política se conversam, como política conversa com tudo. Dentro da nossa sociedade há várias estruturas políticas, que em determinado momento moda e política acabam conversando, mas dentro desse contexto dela, eu não achei legal, mas cada um é cada um,” finalizou a modelo.

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