As declarações de Paulo Paim foram prestadas à Sputnik Brasil logo após o término da sessão de votação pelo Senado Federal que decidiu pelo afastamento da Presidenta Dilma Rousseff por até 180 dias, para que ela responda ao processo de impeachment.
O Senador Paim contou que não se surpreendeu com o placar (55 votos a favor do impeachment, contra 22) porque já contava com essa diferença:
“Eu até observei com senadores que estavam sentados a meu lado que o placar seria exatamente este [55 a 22], porque havia feito as contas e previ este resultado. O que observei porém foi que alguns senadores me disseram que votaram pela admissibilidade do processo de impeachment, porém deixariam para definir seu voto final quando do julgamento do mérito do processo. Então, pelas minhas contas, os senadores favoráveis ao afastamento definitivo da presidente precisariam hoje de mais cinco votos, enquanto que nós, do PT e da base aliada, precisaríamos de mais quatro para garantir a volta de Dilma Rousseff ao Palácio do Planalto.”
Quanto ao papel destinado ao PT diante do Governo Michel Temer, Paulo Paim é enfático:
“Certamente, não nos apresentaremos como defensores da tese do quanto pior, melhor. O que for melhor para a nação terá o nosso apoio. Já aquilo que percebermos que é danoso para a população terá nosso total repúdio. Vamos fazer uma oposição bastante construtiva e em favor do Brasil.”
