Foreign Policy: presidente ucraniano permite reeditar história da Segunda Guerra Mundial

© Sputnik / Aleksandr Maksimenko / Acessar o banco de imagensAs medidas na Ucrânia em honra do aniversário da criação do Exército Insurreto Ucraniano
As medidas na Ucrânia em honra do aniversário da criação do Exército Insurreto Ucraniano - Sputnik Brasil
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Desde maio de 2015, em que o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko transferiu os arquivos do país ao Instituto da Memória Nacional, que é dirigido por Vladimir Vyatrovich, a Ucrânia se arrisca a seguir um caminho que leva a uma "nova era de censura grave".

Uma aspiração de reescrever a história é uma tentativa de vencer a sua própria identidade, e silenciar os crimes dos nacionalistas ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial. Isto vai levar a uma deturpação da história em grandes proporções, diz a edição americana Foreign Policy.

"Defendendo a história nacionalista e revisionista, Vyatrovich modifica a história moderna da Ucrânia para reabilitar os grupos nacionalistas ucranianos envolvidos no Holocausto e a limpeza étnica maciça de poloneses", diz o artigo.

O revisionismo na Ucrânia junta em torno de dois grupos nacionalistas: da Organização dos Nacionalistas Ucranianos e do Exército Insurreto Ucraniano (ambos são proibidos na Rússia), escreve a revista. Durante a guerra, esses grupos mataram dezenas de milhares de judeus e executaram uma campanha brutal de limpeza étnica que matou pelo menos 100 mil poloneses, de acordo com o material.

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Estes ações foram feitos pelos nacionalistas em troca para a independência do “poder soviético deprimente” lhes prometida por Hitler, mas a independência da Ucrânia não estava nos planos das autoridades alemãs, escreve a edição Foreign Policy.

O Instituto da Memória Nacional apresenta a história da Segunda Guerra Mundial, colocando os acentos nos crimes alegadamente cometidos pelo regime soviético e glorificando as combatentes pela independência da Ucrânia. Ao mesmo tempo, o papel das nacionalistas ucranianos nos atos de limpeza étnica de poloneses e judeus em 1941-1945, após a invasão nazista no território da antiga União Soviética, é silenciada, diz o artigo.

"Por isso, o Instituto é apenas um abrigo para promover uma visão unilateral e não objetivo da história moderna da Ucrânia", resume a edição.

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Em abril de 2015, a Suprema Rada (Parlamento da Ucrânia) aprovou a lei "sobre o estatuto jurídico e a memória dos participantes da luta pela independência da Ucrânia no século XX", segundo a qual os membros dos grupos da Organização dos Nacionalistas Ucranianos e do Exército Insurreto Ucraniano receberam o status de combatentes da independência. Na verdade, a lei reabilitou os participantes dos movimentos nacionalistas ucranianos.

Esta lei foi alvo de muita polêmica tanto por parte da sociedade ucraniana, como por parte de outros vários países, por exemplo, pela Polônia.

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