Alienígenas nunca mais? Grande contato fica adiado

© AFP 2023 / FREDERIC J. BROWNA figura de um extraterrestre em um estacionamento na cidade de Baker, estado norte-americano de Califórnia. Foto de arquivo, 10 de maio de 2015
A figura de um extraterrestre em um estacionamento na cidade de Baker, estado norte-americano de Califórnia. Foto de arquivo, 10 de maio de 2015 - Sputnik Brasil
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A nova versão da famosa Equação de Drake, que permite calcular o número de civilizações alienígenas existentes na galáxia, indica que a probabilidade de existência de alienígenas desenvolvidos no nosso setor espacial é extremamente pequena, escrevem os autores de um artigo publicado na revista Astrobiology.

Nos anos 60 do século passado o astrônomo americano Francis Drake criou a fórmula que permite calcular o número potencial de civilizações extraterrestres existentes, se baseando em parâmetros conhecidos, como a velocidade da formação de novas estrelas, o número atual das mesmas na galáxia, o número de planetas, inclusive os "gêmeos" da Terra, bem como uma série de parâmetros relacionados aos próprios alienígenas.

"A resposta à pergunta sobre a existência das civilizações avançadas extraterrestres sempre dependeu de três grandes incertezas que há na equação de Drake. Por exemplo, nós sabíamos quantas estrelas existem, mas nós não possuíamos os dados sobre o número dos planetas e quantos deles podem sustentar a vida. Além disso, nós não sabemos com qual frequência surge a vida, com qual frequência se torna inteligente e quanto tempo existe antes de desaparecer", disse Adam Frank, da Universidade de Rochester (EUA).

Frank e o seu colega Woodruff Sullivan tentaram esclarecer a equação de Drake, usando os dados sobre o número de exoplanetas, "gêmeos da Terra" e a sua habitabilidade, colhidos pelo telescópio espacial Kepler nos últimos cinco anos do seu funcionamento na órbita. Este, como dizem os cientistas, permite se livrar da primeira incerteza.

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A segunda e a terceira incertezas, que são a probabilidade da evolução de vida razoável e do tempo da existência de civilizações, podem ser resolvidas graças ao método do "pessimismo" cientifico ou, em outras palavras, agindo por contradição.

Como dizem Sullivan e Frank, em vez das probabilidades em questão, podemos calcular aquelas que iriam provar que nós somos a única civilização desenvolvida da galáxia ou do Universo e a probabilidade de que somente na Terra a vida poderia evolucionar do nível das bactérias até o nível de seres conscientes. Usando a fórmula precisada de Drake, os cientistas calcularam a probabilidade de que a humanidade está sozinha no Universo.

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Por outro lado, a equação completa de Drake dá uma avaliação menos otimista. Como mostram os cálculos dos autores do artigo, as civilizações que já apareceram na Via Láctea e nas galáxias vizinhas por todo tempo da vida do Universo (13 bilhões de anos) já tiveram que desaparecer. No entanto, agora podemos dizer com confiança que os restos mortais destas civilizações poderiam ser encontrados no futuro.

"Há uma questão fundamental: a vida já surgiu em qualquer outro lugar? Podemos agora pela primeira vez dar a resposta empírica e de uma forma incrível é muito provável que nós e a nossa época não somos o único local na história do Universo em que surgiu vida inteligente", conclui Frank.

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