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Antonio Anastasia é eleito relator da comissão do impeachment do Senado

REPORTAGEM COMISSÃO IMPEACHMENT
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Depois de muita discussão entre governistas e oposição, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) foi eleito nesta terça-feira relator da comissão do impeachment, que vai analisar o processo contra a Presidenta Dilma Rousseff no Senado. Já a indicação do senador Raimundo Lira (PMDB-PB) para presidir a comissão foi aceita por unanimidade.

Comissão Especial do Impeachment 2016 realiza reunião de instalação e eleição do presidente e do relator. Na foto: Os senadores Aloysio Nunes Ferreira  (PSDB-SP) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). - Sputnik Brasil
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Resenha: O andamento do impeachment no Senado
Durante a primeira sessão da Comissão para a escolha do presidente e relator, o embate pela indicação de Antonio Anastasia gerou protesto entre os senadores do PT e do PCdoB, que alegavam que, por ele ser do PSDB, não seria imparcial na elaboração do parecer sobre o pedido de impeachment contra Dilma, além de ser aliado e ex-coordenador de campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

O líder do PT na Casa, senador Humberto Costa (PE), criticou a escolha de Anastasia, dizendo que ele não tem isenção para o cargo.

“Nós do PT, no entanto, entendemos que, tendo a presidenta que está sob julgamento, não seria adequado que tivéssemos o relator, como também não faz sentido que o PSDB, que patrocina essa causa, cujo advogado é parte integrante do grupo de denunciantes junto à Câmara dos Deputados, tenha a função e o papel de ter a relatoria. Uma comissão assim começa muito mal. O ideal seria que nós pudéssemos construir aqui um nome que tivesse o apoio de todos.”

As falas de Humberto Costa foram rebatidas em seguida pelo líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PB).

“Para o PT pode, sim, o PMDB, que é o partido que será beneficiário direto, presidir a comissão. Mas não pode o PSDB, porque disputou as eleições passadas. É difícil você acreditar na força desse argumento. Pode o PMDB, mas não pode o PSDB. Implicância pura, birra, quizila, chicana”.

Todas as reclamações dos governistas, no entanto, foram rejeitadas pela maioria dos parlamentares da comissão. Eleito relator, Antonio Anastasia prometeu que vai exercer o cargo com serenidade, muito debate e respeito.

“Deus me concedeu o dom da serenidade. E essa serenidade que tenho e mantive durante toda a minha vida e trajetória profissional servirá muito, me parece, para, juntamente com meu senso de responsabilidade e seriedade, que sempre caracterizaram o meu trabalho nas funções pública que exerci, desempenhar as funções de relator dessa comissão, auscultando, ouvindo, debatendo, aberto”.

Após a escolha do presidente e relator da comissão especial, os senadores também definiram o calendário para os próximos dias de trabalho. Como proposto pelo presidente, o senador Raimundo Lira, no dia 28 de abril, serão ouvidos os juristas que fazem a acusação de crime de responsabilidade contra a presidenta Dilma, e, no dia seguinte, será a vez de ouvir a defesa da presidenta, através do advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo.

Com base nesse calendário, o relatório do senador Antonio Anastasia deverá ser apresentado no dia 4 de maio, com votação no plenário da comissão do impeachment prevista para o dia 6. Se esse cronograma se confirmar, o parecer final de Antonio Anastasia será votado no plenário do Senado no dia 11 de maio.

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