Som de cabeças cortadas caindo no chão é o mínimo que prisioneiros do Daesh sofriam

© Foto / Video screenshotCarrasco do Daesh conhecido como Jihadi John
Carrasco do Daesh conhecido como Jihadi John - Sputnik Brasil
Nos siga no
Nos territórios sob o controle do Daesh, no oeste do Iraque, os prisioneiros são sujeitos a uma violência indiscritível: desde açoites até cortes de membros e mesmo decapitações.

Um natural do Iraque que consegui escapar do cativeiro do Daesh contou à agência Sputnik os detalhes da vida na cidade de Hit, na província Anbar, antes de reconquista pelas Forças Armadas iraquianas e milícias armadas.

As forças sírias liberou dos militantes uma aldeia na província Hama - Sputnik Brasil
Testemunha fala sobre aumento da atividade do Daesh: 'Estamos como que condenados'
Abu Ayman, de 43 anos de idade, contou que os militantes do Daesh escavavam áreas subterrâneas sob os edifícios no centro da Hit e outras na região de Bakr. Estas áreas eram usadas como cadeias.

“Nestas cadeias estavam por volta de 300-400 prisioneiros, a maioria ligados aos serviços de segurança. O resto – cidadãos comuns, que eram acusados de cumplicidade com o exército e de passagem de informações sobre os militantes do Daesh, por exemplo sobre a quantidade das forças, as posições, os planos e o resto”, disse Abu Ayman.

Homem que fugiu do Daesh conta sua história - Sputnik Brasil
Homem que fugiu do Daesh conta sua história (Vídeo)
Depois de o exército do Iraque ter começado a reconquistar a cidade, os militantes retiraram para a Síria, levando os prisioneiros. Não se sabe do seu destino. Os militantes fuzilaram os cativos que eram difíceis de transportar.

“Os terroristas do Daesh transformaram a nossa vida ao verdadeiro inferno. Desde outubro de 2014, nenhuma dos habitantes locais se permitia ir à rua, excluindo as ocasiões de ida às compras. No meio dos habitantes comuns havia pessoas subornadas que informaram o Daesh sobre a atividade da oposição na cidade. Nas ruas eram executadas centenas das pessoas por causa de falsas delações”, acrescentou a testemunha.

Depois da reconquista, o exército iraniano primeiramente coletou os nomes dos traidores. Estes cidadãos foram presos pela polícia por cumplicidade com o terrorismo.

Especialistas em armas químicas e biológicas - Sputnik Brasil
Daesh planeja ataques com armas químicas por toda Europa
Um morador de Hit, Abu Falekh, em seus 55 anos também presenciou algumas execuções de amigos próximos, que foram acusados de cooperação com a polícia e as Forças Armadas do Iraque. Abu Falekh contou à agência Sputnik o que sofreu a população de Hit que recusou cooperar com o Daesh.

“Todos os dias eles executaram pelo menos um homem suspeito de cooperação com a polícia e as Forças Armadas do nosso país. Primeiramente eles eram forçados de arrepender-se publicamente. Depois, os militantes do Daesh tomavam as armas dos suspeitos e cortavam-lhes as cabeças”, disse Abu Falekh.

Por sua vez, uma habitante de Hit de 59 anos, que pediu para não revelar o seu nome, contou que, no início da operação de liberação da cidade, os militantes de Daesh começaram a colocar minas nas casas dos civis. Como resultado – muitos habitantes se explodiram nas suas próprias casas.

“Não sei como conseguimos sobreviver, pois as casas foram minadas, as bombas e minas continuavam caindo”, disse a mulher.

O primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, durante uma coletiva de imprensa em 24 de novembro de 2015, após encontro com o presidente Erdogan dedicado ao assunto do avião russo derrubado - Sputnik Brasil
Turquia recebeu 2,7 milhões de refugiados sírios em seu território
Enquanto a cidade estava sob o controlo do Daesh, os terroristas fizeram todas as mulheres usar o hijab. A assim chamada “Polícia do Islão” organizava patrulhas para apanhar as mulheres que não observavam a ordem.

 “Se a patrulha apanhava uma mulher sem hijab, as consequências podiam ser diferentes: ela ou era executada no momento ou era chicoteada, ou eles castigaram o marido ou o pai com horríveis torturas”, adicionou a habitante de Hit.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала