Retórica militarista continua: OTAN destaca poder dos submarinos russos

O almirante Mark Ferguson notou um melhoramento das caraterísticas técnicas e de combate da frota submarina da Rússia e, ao mesmo tempo, mostrou-se preocupado com os planos da OTAN de diminuir o financiamento da Marinha.

A Marinha dos EUA continua tendo problemas a detectar os submarinos que Moscou está produzindo, declarou ao canal de TV americano CNN o comandante da Força Conjunta da OTAN em Nápoles e o comandante da Marinha dos EUA na Europa e África, almirante Mark Ferguson.

“Os submarinos que nós vemos são bastante notáveis. Nós vemos que [os russos] têm sistemas de armamento mais sofisticados, complexos de mísseis que podem realizar ataques contra alvos no terreno a grandes distâncias. Nós vemos também que o nível da sua preparação está aumentando, à medida que eles estão sendo estacionados em regiões mais afastadas das suas águas territoriais”, disse.

Ferguson declarou que Moscou vê ameaça na ampliação da OTAN para leste e tenta impedir os EUA e a OTAN de agirem na região dos chamados países pós-soviéticos.

Nesta relação, os EUA e os seus aliados na OTAN lançam um novo programa de treinamento de operações submarinas e instalam novos armamentos, inclusive os aviões multimissão Boeing P-8 Poseidon, destacou o almirante.

Atualmente, a OTAN tem 53 submarinos, mas, tendo em conta que uma parte destes não está operacional e com os recentes cortes do orçamento, este número diminuirá para 41 até 2020.

Cabe mencionar que mais cedo, o ex-comandante das forças dos Estados Unidos e da OTAN na Europa, o almirante James Stavridis, disse ao mesmo canal de TV que os EUA, hoje, não são capazes de efetuar o controle de 100% das ações dos submarinos russos.

"Os nossos submarinos de combate são melhores, mas só nalgumas coisas. Os submarinos russos representam uma ameaça real aos grupos de porta-aviões da Marinha dos EUA", disse Stavridis.