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Governo afirma ter votos suficientes para barrar impeachment na Câmara

© Lula Marques / Fotos PúblicasCerimônia de posse do segundo mandato da Presidenta Dilma Rousseff
Cerimônia de posse do segundo mandato da Presidenta Dilma Rousseff - Sputnik Brasil
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Após café da manhã com a Presidenta Dilma, nesta quinta-feira (14), no Palácio da Alvorada, em Brasília, deputados e ministros garantem que governo tem mais de 200 votos para barrar a votação do impeachment que está marcada para domingo (17).

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O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (PT-BA), conversou com a imprensa e criticou a campanha de vitória antecipada à votação do impedimento por parte da oposição. Segundo ele, ainda há muitos deputados indecisos, que só decidirão na hora, no Plenário. O deputado lembrou ainda que as pesquisas de opinião já mostram que mais da metade da população está contra o impeachment.

“Nós temos trabalhado com muita parcimônia em contraposição a essa campanha do já ganhou sem voto que é da oposição. Ontem, nós projetamos algo em torno de mais de 200 votos, chegando possivelmente a 220. Há muitos indecisos que só se decidirão no Plenário, e é de direito deles. E cada vez mais as pesquisas de opinião mostram que mais da metade da população já é contra o impeachment, que não tem crime de responsabilidade, que é um movimento pela legalidade democrática, com opositores do governo, partidos de oposição, movimentos sociais, artistas, intelectuais. Isso está influenciando o voto. Por isso, essa campanha é falsa da oposição, que já ganhou, e esse movimento patético de anunciar ministério de Temer, e Temer tentando se salvar de investigação, como se o impeachment desse estabilidade, quando é justamente o contrário.”

Já o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães, falou com os jornalistas sobre a expectativa positiva da presidenta de conseguir barrar na votação a abertura de impeachment pelo Plenário da Câmara.

“Nós estamos seguros de que nós derrotaremos o golpe neste domingo. Essa é a convicção da presidenta e a nossa, principalmente nós que estamos acompanhando toda hora. Estamos seguros. O que está em jogo, como disse a presidenta, é o país, é a democracia. O que está em jogo não é partido A ou partido B. O que está em jogo é um processo democrático, que o país se levanta. Qualquer democrata do país, que tem pressupostos democráticos, se levanta contra essa tentativa de golpe, que não tem fato, não tem causa, não tem fato jurídico nenhum.”

Também presente ao encontro, o deputado Celso Pansera, do PMDB, exonerado nesta quinta-feira (14) do cargo de Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação para poder votar contra o impeachment na Câmara dos Deputados, disse ter convicção de que a Presidenta Dilma não cometeu crime de responsabilidade.

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“Eu tenho a minha convicção formada. Eu li não só a peça do relator, como também li os documentos do pedido da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), e não me convenceram do crime de responsabilidade.”

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, disse que o governo está trabalhando e tem condições para barrar o golpe, e, em seguida, retomar a estabilidade no país.

“Estamos convencidos de que teremos, no domingo (17), número suficiente para barrar o golpe e criar as condições para construir uma nova base de governo capaz de dar governabilidade no momento seguinte. Não estamos preocupados só com o domingo, estamos preocupados principalmente em dar estabilidade para o país. Vamos trabalhar para barrar o golpe, de maneira absolutamente democrática, com uma base que, na nossa avaliação, hoje, é superior a 200 votos, e que está sendo trabalhada de maneira muito rigorosa e criteriosa pelas lideranças que atuam não apenas nos partidos, mas nos seguimentos de interesse dentro da Câmara dos Deputados.”

Sobre a ideia anunciada pela presidente Dilma Rousseff de se fazer um “amplo pacto nacional”, inclusive com a oposição, caso o pedido de impeachment seja rejeitado pela Câmara no domingo, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, disse à imprensa que acha contraditório que a presidenta fale em pacto ao mesmo tempo que diz que o impeachment é um golpe. Segundo Cunha, “dificilmente alguém que agride tem condições políticas de fazer pacto”. Para ele, “pacto pressupõe que você precisa ter condição política de debater com as pessoas”.

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