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Dilma a trabalhadores do campo, sem-terra e quilombolas: ‘Resistir sem violência’

© Roberto Stuckert Filho/ PRCerimônia de assinatura de Atos para a Reforma Agrária e Comunidades Quilombolas
Cerimônia de assinatura de Atos para a Reforma Agrária e Comunidades Quilombolas - Sputnik Brasil
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A Presidenta Dilma Rousseff realizou nesta sexta-feira, 1, mais um evento da agenda positiva do Governo. Na cerimônia, com a participação de representantes de movimentos de trabalhadores do campo, de trabalhadores sem terra e de comunidades quilombolas, ela pregou a resistência às tendências antidemocráticas, mas “sem violência”.

No evento realizado no Palácio do Planalto, a presidente assinou atos de desapropriação de terras para a Reforma Agrária em 12 Estados e de regularização de territórios de Comunidades Quilombolas em 4 Estados, beneficiando 799 famílias. Também foi lançado o edital do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, que disponibiliza mais de R$ 4 milhões para projetos que promovam a igualdade racial.

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Em discurso, Dilma lamentou a discriminação racial que ainda persiste no país, admitindo dificuldades para os negros, que sofrem não só com a discriminação mas também com a violência, em especial as mulheres e os jovens. Ela ressaltou ainda que com os decretos de reforma agrária de terras para as comunidades quilombolas o país acaba de dar mais um passo para diminuir a desigualdade, e voltou a defender a democracia no Brasil:

“Mais oportunidade e mais cidadania exigem mais democracia, e vice-versa. Portanto, eu quero agradecer a vocês. Nós sabemos que sem democracia a estrada das lutas pela igualdade contra o preconceito será muito mais difícil. Por isso, nós não vamos permitir que a nossa democracia seja manchada. Quero citar aqui um dos maiores intelectuais da história brasileira, Milton Santos, que disse uma frase para nós muito inspiradora: o mundo é formado não apenas pelo o que já existe, mas pelo o que pode efetivamente existir. Nós somos aqueles que lutam pelo que pode efetivamente existir.”

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A presidenta também falou sobre os efeitos do processo de impeachment, ao comentar a fala do ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, que disse: “Não vai ter golpe; vai ter reforma agrária.”

“O Patrus disse que não vai ter golpe, vai ter reforma agrária, e isso é uma fala muito importante. Porque o que o país deveria estar fazendo de fato eram ações para garantir o seu crescimento econômico, eram ações para garantir o desenvolvimento social de sua população. Nós sabemos que a democracia tem forma e conteúdo. A democracia afeta todas as dimensões da vida numa sociedade. Porque, sobretudo, o que é a democracia? É a forma que nós escolhemos para nos relacionar. A democracia é isso, a forma pela qual nós nos relacionamos.”

Dilma encerrou alertando que a democracia brasileira está ameaçada, e que é preciso resistir às tendências antidemocráticas, porém sem violência. 

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“Nós hoje precisamos nos manter vigilantes e oferecer resistência às tendências antidemocráticas. Oferecer resistência também às provocações. Nós não defendemos qualquer processo de perseguição de qualquer autoridade, porque pensa assim ou assado. Nós não defendemos a violência, eles defendem. Eles exercem a violência, nós não.”

Ainda durante a cerimônia no Palácio do Planalto, a Presidenta Dilma recebeu o apoio de representantes dos movimentos de trabalhadores do campo, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Confederação Nacional das Comunidades Quilombolas (Conaq), que discursaram em prol do Governo e contra o impeachment.

Também nesta sexta-feira, 1, o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Educação, Cid Gomes, aliado político da Presidenta Dilma Rousseff, protocolou junto à Câmara dos Deputados um pedido de impeachment contra o Vice-Presidente Michel Temer. 

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