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Conferência luso-brasileira termina com discurso de Aécio Neves e manifestação

© AP Photo / Armando FrancaPolícia olha para um manifestante que se cobre com uma bandeira do Brasil e outros que mostram cartazes pró-democracia durante a conferência na Universidade de Lisboa em 31 de março
Polícia olha para um manifestante que se cobre com uma bandeira do Brasil e outros que mostram cartazes pró-democracia durante a conferência na Universidade de Lisboa em 31 de março - Sputnik Brasil
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Nesta quinta-feira, 31 de março, terminou na Universidade de Lisboa a conferência "Constituição de Crise - A Constituição no Contexto das Crises Política e Econômica".

No último dia, o evento devia ser encerrado pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. O programa oficial previa esta participação, com a nota "a confirmar". Porém, o presidente descartou a sua participação já na terça-feira através de um comunicado oficial alegando "dificuldade de agenda muito complexas".

Porém, esta quinta, sim, teve participação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e dos senadores Aécio Neves e José Serra (ambos do PSDB — Partido da Social-Democracia Brasileira).

O blogueiro Lucas Rohan postou no seu Twitter imagens que mostram que houve manifestações na entrada do prédio onde acontecia o evento. As faixas e os cartazes usados pelos manifestantes parecem com os do primeiro dia da conferência. A mídia local informa que a maioria dos manifestantes são brasileiros que estudam em Portugal.

Rohan diz que na quinta-feira, eram "cerca de 100 pessoas" no ato na entrada da Universidade de Lisboa.

No entanto, o senador Aécio Neves também usou o seu Twitter para compartilhar a sua experiência estrangeira. Em terceira pessoa, a sua conta diz que o senador "tem aproveitado a ocasião para conversar com a imprensa internacional". A palestra dele foi dedicada aos Desafios dos Regimes Democráticos no Constitucionalismo Contemporâneo.

Comentaristas da esquerda têm criticado a agitação em torno à conferência em Lisboa, qualificando a atitude dos participantes brasileiros de uma tentativa de consolidar a oposição com o objetivo de reforçar a base de um "golpe de Estado". Aécio rejeitou esta acusação. Já os organizadores do evento declaram que o mesmo ficou "politizado" demais no Brasil.

Portanto, o Brasil inteiro se encontra em um estado extremamente politizado. Recentemente, quebrou-se a coalizão no governo do país, com o anúncio do rompimento por parte do Partido do Movimento Democrático Brasileiro — PMDB. O presidente nacional do PMDB é o vice-presidente Michel Temer.

A participação do vice brasileiro foi também prevista no evento em Lisboa. Mas uns dias antes do mesmo, ele recusou da viagem sem alegar motivos; soube-se depois, porém, que o motivo foi a reunião do partido. Contudo, Temer não deixou de participar — virtualmente. Em um vídeo disponível no YouTube, ele frisou que "Quando o direito é obedecido, as relações sociais se harmonizam" e que "O Estado só nasce quando nasce a Constituição".

Os jornais portugueses não tiveram manchetes sobre a conferência nesta quinta-feira. Mas a atenção que a mídia local presta aos acontecimentos no Brasil está crescendo neste clima de tensão.

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