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Opinião: PMDB quer se colocar como o eventual Governo que vai salvar o país da crise

ENTREVISTA COM SONIA FLEURY E
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A oficialização do anúncio do PMDB, na terça-feira, 29, de que deixa todos os seus cargos no Governo, de todos os escalões, suscitou as mais diversas interpretações e um pensamento unânime: a retirada do apoio do PMDB torna a Presidenta Dilma Rousseff mais vulnerável no Congresso Nacional.

Sessão solene do Congresso Nacional para abertura dos trabalhos legislativos do segundo ano da 55ª Legislatura - Sputnik Brasil
‘PMDB percebe que melhor maneira de continuar no Governo é sair para voltar em seguida’
A cientista política Sônia Fleury, da Escola de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas, no Rio, está entre os que acreditam na maior vulnerabilidade da presidente da República. Em conversa com a Sputnik Brasil, Sônia Fleury afirmou que os ânimos políticos vão se acirrar e que a perda do apoio dos 68 deputados do PMDB poderá custar muito caro às intenções do Governo Federal de permanecer no poder até o final do seu mandato.

A especialista diz não acreditar que o Vice-Presidente Michel Temer, presidente nacional do PMDB, esteja cogitando, com esta ruptura, preparar o lançamento de uma candidatura presidencial própria do partido para as eleições de 2018: “O cenário político está tão conturbado no Brasil, a ponto de não se ter certeza alguma do que poderá acontecer no país. Parece que 2018 ficou muito longe, e no entanto as eleições gerais acontecerão em apenas dois anos e meio.”

Michel Temer durante Convênio Nacional do PMDB, em Brasília, em 12 de março de 2016 - Sputnik Brasil
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PMDB decide deixar o governo de Dilma Rousseff
“Essa ruptura já estava sendo anunciada há algum tempo. À medida que o Governo vai perdendo prestígio, o vice-presidente comanda uma saída com pompa e circunstância nesse momento de grande crise de legitimidade. Apesar de ele [Michel Temer] ter estado no Governo desde o primeiro mandato de Dilma, agora ele diz que é insuportável, que essa relação não se dá mais. É um momento de um cálculo oportunista em que o PMDB vê que o Governo está perdendo legitimidade e ele quer se colocar como o possível, eventual Governo que vai salvar o país da crise e da legitimidade. No entanto, ele esteve no Governo e foi responsável por este Governo todo o tempo. Se o Governo tem problemas, teve implicações inclusive com relação à corrupção e na Lava Jato, o PMDB não está fora disso. Vários de seus próceres estão sendo acusados nessa mesma operação em que estão membros do PT.”

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