Poroshenko visita região de Donbass

© Sputnik / Nikolai Lazarenko / Acessar o banco de imagensPresidente ucraniano Pyotr Poroshenko durante a sua visita à região de Donetsk, Ucrânia, 28 de março de 2016
Presidente ucraniano Pyotr Poroshenko durante a sua visita à região de Donetsk, Ucrânia, 28 de março de 2016 - Sputnik Brasil
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Ontem, segunda-feira (28), o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko visitou a região de Donetsk, informou o seu porta-voz, Svyatoslav Tsegolko.

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Durante a sua visita, os militares apresentaram ao presidente um relatório sobre a situação na zona de ações militares.

Há que lembrar que uma parte da região de Donetsk está sob o controle de Kiev, e a outra faz parte da autoproclamada República Popular de Donetsk.

Poroshenko declarou que está prestes a realizar eleições em Donbass e a reconhecer a escolha de Donbass “ucraniano”.

“Estamos prontos a realizar eleições honestas, estamos prestes a cooperar com a escolha de Donbass ucraniano. Estamos prontos a que o componente internacional garanta a segurança, incluindo a barragem da fronteira, bem como a entrega do controle fronteiriço aos guardas-fronteira ucranianos. Estamos prestes a restaurar a soberania ucraniana no Donbass ocupado”, declarou Poroshenko.

Depois de visita do presidente ucraniano, o seu serviço de imprensa informou que, em resultado de ações militares na região de Donetsk, foram destruídas 8,5 mil edifícios deixando 11,5 mil pessoas sem habitação.

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O representante de Donetsk no grupo de contato em Minsk (capital bielorrussa), Denis Pushilin pensa que a visita de Poroshenko a Donbass pode estar relacionada à indignação dos militares ucranianos, que não recebem os salários de forma regular.

“Compreendemos muito bem que a visita está relacionada em grande parte à indignação na frente. Porque não recebem o salário de forma regular”, afirmou Pushilin.

Em abril de 2014, Kiev iniciou uma operação militar nas províncias de Donetsk e Lugansk para apagar os focos de insatisfação com a mudança violenta de poder no país, ocorrida em fevereiro do mesmo ano.

As hostilidades deixaram mais de nove mil mortos e 20.700 feridos, segundo números da ONU.

A questão da solução do conflito está sendo discutida, inclusive no âmbito dos encontros do grupo de contato em Minsk que desde setembro de 2014 já aprovou três documentos que regulamentam os passos de diminuição da tensão, inclusive a trégua. Porém, os dois lados do conflito denunciam violações regularmente.

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O último documento – de 12 de fevereiro – prevê um cessar-fogo total no leste da Ucrânia, retirada de armas pesadas da linha de contato e criação de uma zona de segurança, assim como uma reforma constitucional com a entrada em vigor até o final do ano de 2015 de uma nova Constituição, com a descentralização como elemento-chave (tendo em conta as particularidades das regiões de Donetsk e Lugansk, acordadas com os representantes destas áreas), e também a aceitação de uma legislação sobre o estatuto de Donetsk e Lugansk.

Os dois lados não conseguiram cumprir os acordos até o final de 2015, segundo foi previsto inicialmente. Então, o prazo de realização dos acordos foi prolongado para 2016.

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