Há que lembrar que uma parte da região de Donetsk está sob o controle de Kiev, e a outra faz parte da autoproclamada República Popular de Donetsk.
Poroshenko declarou que está prestes a realizar eleições em Donbass e a reconhecer a escolha de Donbass “ucraniano”.
“Estamos prontos a realizar eleições honestas, estamos prestes a cooperar com a escolha de Donbass ucraniano. Estamos prontos a que o componente internacional garanta a segurança, incluindo a barragem da fronteira, bem como a entrega do controle fronteiriço aos guardas-fronteira ucranianos. Estamos prestes a restaurar a soberania ucraniana no Donbass ocupado”, declarou Poroshenko.
Depois de visita do presidente ucraniano, o seu serviço de imprensa informou que, em resultado de ações militares na região de Donetsk, foram destruídas 8,5 mil edifícios deixando 11,5 mil pessoas sem habitação.
“Compreendemos muito bem que a visita está relacionada em grande parte à indignação na frente. Porque não recebem o salário de forma regular”, afirmou Pushilin.
Em abril de 2014, Kiev iniciou uma operação militar nas províncias de Donetsk e Lugansk para apagar os focos de insatisfação com a mudança violenta de poder no país, ocorrida em fevereiro do mesmo ano.
As hostilidades deixaram mais de nove mil mortos e 20.700 feridos, segundo números da ONU.
A questão da solução do conflito está sendo discutida, inclusive no âmbito dos encontros do grupo de contato em Minsk que desde setembro de 2014 já aprovou três documentos que regulamentam os passos de diminuição da tensão, inclusive a trégua. Porém, os dois lados do conflito denunciam violações regularmente.
Os dois lados não conseguiram cumprir os acordos até o final de 2015, segundo foi previsto inicialmente. Então, o prazo de realização dos acordos foi prolongado para 2016.