- Sputnik Brasil
Notícias do Brasil
Notícias sobre política, economia e sociedade do Brasil. Entrevistas e análises de especialistas sobre assuntos que importam ao país.

Lula: ‘Se for a última coisa que eu puder fazer na vida, vou ajudar Dilma a governar’

© Juca Varella/Agência BrasilO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante ato na Avenida Paulista contra o impeachment e a favor da democracia
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante ato na Avenida Paulista contra o impeachment e a favor da democracia - Sputnik Brasil
Nos siga no
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a Operação Lava Jato durante um ato contra o impeachment presidencial que, promovido pelas centrais sindicais, reuniu cerca de mil pessoas em São Paulo.

​Durante seu discurso, Lula disse que a operação anticorrupção está causando prejuízos à economia brasileira. 

“Essa Operação Lava Jato é uma necessidade para esse país. Eles estão dizendo que vão recuperar não sei quantos bilhões, não tem problema. Eu queria que vocês procurassem a força-tarefa, procurassem o juiz Sérgio Moro, para saber se eles estão discutindo quanto essa operação  já deu de prejuízo à economia brasileira, se não é possível  fazer o combate à corrupção sem fechar as empresas, sem causar desemprego, porque, segundo o FMI, 2,5% da queda do PIB se deve ao pânico criado na sociedade brasileira”.

O ex-presidente também falou sobre a suspensão de sua posse como ministro-chefe da Casa Civil e afirmou que se engana quem pensa que ele só pode ajudar o governo como ministro. 

Lula disse ainda que vai ajudar Dilma a governar com a decência que o povo brasileiro merece. 

“Se tem uma coisa que eu puder fazer na vida, e for a última coisa que eu puder fazer na vida, eu vou ajudar a Dilma a governar esse país”, declarou.

Juiz federal Sérgio Moro - Sputnik Brasil
Notícias do Brasil
Dois pesos, duas medidas: Moro decreta sigilo sobre superplanilha da Odebrecht
Lula contou que a presidenta já o tinha chamado para fazer parte do governo em agosto do ano passado e que, na ocasião, ele não aceitou o convite. No entanto, com o agravamento da crise política, Dilma insistiu. O ex-presidente disse que chegou a resistir, justamente porque não queria causar a impressão de que buscava privilégios, mas acabou aceitando porque, em suas palavras, tem certeza de que pode ajudar a presidenta com o que ele “mais sabe fazer na vida, que é conversar e ouvir as pessoas”.

“E aceitei – é importante que vocês, dirigentes sindicais, saibam, e que os trabalhadores saibam, que eu aceitei porque tenho plena consciência de que posso ajudar a Dilma com aquilo que eu mais sei fazer na vida, que é conversar e tentar fazer com que as pessoas compreendam que nós, que somos governantes, teremos mais facilidade de governar tentando colocar em prática o que pensam as pessoas, do que a gente tentar governar apenas pela nossa própria sabedoria”, discursou o líder político.  

Manifestação na av. Paulista - Sputnik Brasil
Notícias do Brasil
América Latina se levanta contra golpe articulado no Brasil por interesses estrangeiros
Sobre a questão do impeachment, o ex-presidente ressaltou que não existe razão legal para o processo e pediu o apoio das centrais sindicais, garantindo que não vai aceitar um golpe político contra a presidenta. 

“É golpe, e este país não pode aceitar um golpe contra Dilma. A economia a gente resolve amanhã ou depois de amanhã; mas evitar um golpe, é hoje”, ressaltou, pedindo ainda aos deputados e senadores seis meses de paciência para provar que o Brasil pode voltar a ser “o país da alegria”.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала