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Dilma conta os votos e acredita que processo de impeachment vai ser barrado na Câmara

© Agência Brasil / Wilson DiasDilma Rousseff durante pronunciamento sobre a abertura do processo de impeachment.
Dilma Rousseff durante pronunciamento sobre a abertura do processo de impeachment. - Sputnik Brasil
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A Presidenta Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira, 23, que está confiante de que vai conseguir os votos necessários para barrar o processo de impeachment na Câmara dos Deputados. Para isso, é preciso que o Governo tenha 172 votos a seu favor, entre os 513 deputados que compõem a Câmara.

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Dilma recebe apoio de juristas e afirma que não vai renunciar
Durante visita a obras de infraestrutura para instalação do satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas, em Brasília, a presidente foi questionada sobre a possibilidade de o PMDB, partido do Vice-Presidente Michel Temer, deixar a base aliada e estar se organizando para a sua sucessão.

Dilma classificou a questão como uma suposição que não seria correta, e ressaltou que o Governo quer muito que o PMDB continue no poder.

“Nós todos estamos bastante interessados na questão relativa à permanência do PMDB no Governo. Tenho muito certeza de que os nossos ministros estão comprometidos com a sua permanência no Governo. Há um certo tipo de suposição, eu diria de avaliações que são não só  precipitadas, como não são corretas. Nós queremos muito que o PMDB permaneça no Governo. Vamos ver quais serão as decisões do PMDB e respeitaremos as referidas decisões.”

O presidente do Senado, Renan Calheiros, durante entrevista no Congresso Nacional - Sputnik Brasil
Em discussão: impeachment ou golpe?
O PMDB marcou para o dia 29 uma reunião para decidir pelo “desembarque” do Governo. Enquanto isso, nesta quarta-feira, 23, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, quadro do PMBD, afirmou que é contra o impeachment da presidente e que se for necessário voltará à Câmara dos Deputados para votar contra o processo. 

“Eu sou contra o impeachment”, garantiu Pansera. “Não existe justificativa jurídica para tanto. Minha posição é que nós não devemos deixar o Governo. Seria uma grande irresponsabilidade ter Ministérios da importância do da Saúde, Minas e Energia, Agricultura, e em um momento de crise tão aguda como essa nós esvaziarmos os Ministérios. Aí eu pergunto: e os outros mais de mil cargos que o PMDB exerce no Governo hoje, como é que farão? Irão esvaziar também? Irão elevar o debate, o embate político para esse extremo de paralisar o país, ou vamos agir com responsabilidade diante de um momento tão duro pelo qual o país passa? Essa é a minha posição, não é posição do partido.”

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, também do PMDB, disse que o partido precisa continuar apoiando o Governo para ajudar a garantir a estabilidade política no país.

“O PMDB tem que ser entendido dessa maneira: é um partido que está dividido, mas é um partido da governabilidade, da estabilidade política, da previsibilidade”, afirma Marcelo Castro. “Nessa hora, o país está precisando do PMDB, mais do que precisou em qualquer época. Então não é a hora de sair do Governo,  pelo contrário, é a hora de contribuir para que haja governabilidade, para tirar o país da situação em que nós vivemos. É hora de um esforço maior para permanecer no Governo e ajudar na governabilidade.”

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