“Se a Rússia se tornar um país forte e democrático, osso será do interesse da própria Rússia e do interesse dos EUA. Não espero que a Rússia concorde com os EUA em todos os assuntos. Espero que, em algumas áreas, ainda entremos em competição, o que é normal. Mas seria melhor para os dois países se conseguíssemos trabalhar em conjunto para garantir a segurança e a prosperidade global“, disse Malinowski em entrevista ao jornal russo Moskovsky Komsomolets.
“Os EUA nunca praticaram uma política antirrussa. Sempre protegeremos os direitos humanos na Rússia. Entretanto, mesmo neste período difícil para as nossas relações, tentamos trabalhar em conjunto em tais áreas onde é possível, trabalhar em conjunto para o bem de ambos os nossos países…Para dizer a verdade, se quiséssemos que a Rússia enfraquecesse, que perdesse a sua influência e respeito, estimulá-la-íamos a continuar a política que hoje o Kremlin está realizando”, disse Malinowski.
Segundo o assessor do secretário de Estado norte-americano, há um consenso internacional que algumas ações da Rússia representam uma ameaça à atual ordem mundial. Como exemplo, indicou as ações da Rússia em relação ao conflito na Ucrânia, chamando-as de “intervenção militar”.
“Isso não é somente a posição dos EUA. Esta atitude foi confirmada pela resolução da Assembleia Geral da ONU que condena a ocupação e a tentativa de anexação da Crimeia”, sublinhou Malinowski.
A Crimeia tornou-se de novo uma região russa depois de um referendo realizado ali em março de 2014, no qual a maioria dos habitantes da península votou a favor da reintegração na Rússia. As autoridades da Crimeia realizaram o referendo depois do golpe de Estado na Ucrânia de fevereiro de 2014, quando políticos solidários com as forças nacionalistas e russófobas chegaram ao poder. A Ucrânia ainda considera a Crimeia parte do seu território. O Ministério das Relações Exteriores russo declarou repetidamente que os habitantes da Crimeia votaram pela reintegração com a Rússia, o que plenamente corresponde ao direito internacional e à Carta da ONU e que a Rússia respeita esta escolha. Esta decisão é a realidade que deve ser tida em conta.