Os deputados progressistas do Parlasul (Parlamento do Mercosul) repudiaram o que qualificam de agressão e afirmaram que “a ingerência e a intromissão dos Estados Unidos constituem uma ameaça permanente para o processo político vivido não só pela Venezuela como por toda a região caribenha”.
O documento firmado pelos membros do Parlasul afirma: “A região é uma zona de paz e cooperação, que resolve seus assuntos nos marcos institucionais criados para integrar nossos países.” E menciona ainda o surgimento de instituições como a Unasul (União das Nações Sul-Americanas), a Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).
A declaração, por fim, denuncia o “processo de hostilidades e agressões contra a Venezuela que incita e apoia movimentos antidemocráticos e violentos da oposição para atacar a institucionalidade democrática desse país”.
“Quero ressaltar que a posição da bancada progressista do Parlasul foi uma posição oportuna, necessária, adequada diante dessa atitude do Governo dos EUA, de renovação do decreto que declara a Venezuela uma ameaça extraordinária e não usual”, afirmou a senadora.
“Nós lamentamos essa posição dos Estados Unidos porque ela contraria um princípio que deve ser saudado e respeitado por todos nós, que é o princípio da soberania dos povos.”
Finalmente, a Senadora Fátima Bezerra diz não conseguir ver que tipo de ameaça a Venezuela representaria para os Estados Unidos. “O Governo americano, pela responsabilidade que tem, deveria, no mínimo, ter cautela e cuidado para não tomar posições açodadas como essa.”