Governo do Curdistão: operação da Turquia contra curdos é um genocídio

© REUTERS / Sertac KayarBuildings, which were damaged during the security operations and clashes between Turkish security forces and Kurdish militants, are seen in the southeastern town of Cizre in Sirnak province, Turkey March 2, 2016
Buildings, which were damaged during the security operations and clashes between Turkish security forces and Kurdish militants, are seen in the southeastern town of Cizre in Sirnak province, Turkey March 2, 2016 - Sputnik Brasil
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O governo regional do Curdistão iraquiano considera a operação militar realizada pelas autoridades da Turquia contra os curdos no sudeste da Turquia como genocídio, disse o representante do governo regional em Moscou.

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Lembramos que, no verão de 2015, a Turquia iniciou uma campanha militar contra o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) nas regiões do sudeste do país com predominância de população curda. Desde o início da operação Ancara impôs uma série de recolheres obrigatórios que impedem a fuga de civis das regiões atingidas pela operação.

“Não há dúvida que são os civis que sofrem mais… Por isso a exterminação dos curdos é um verdadeiro genocídio”, disse Aso Talabani à RIA Novosti em uma entrevista.

Talabani sublinhou que não há militantes do PKK em algumas cidades nas quais Ancara efetua a sua operação militar.

“Por exemplo, há um guerrilheiro em uma casa residencial. Mas centenas de pessoas comuns vivem [também] nesta casa. Os turcos bombardeiam esta casa por meio de tanques e helicópteros. Para eliminar um guerrilheiro [eles] matam centenas de civis”, explicou o oficial.

O Estado-Maior da Turquia estima que mais de 1.000 militantes curdos tenham sido mortos na operação anti-PKK desde meados de dezembro. Os ativistas curdos, por sua vez, insistem que a maiorias das vítimas era civil.

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Além disso, após o atentado em Ancara, que levou as vidas de 37 pessoas e feriu mais de 120 neste domingo (13), a aviação turca alvejou as posições do PKK no norte do Iraque, informou hoje (14) a agência Reuters.

Sublinha-se que 11 aviões atacaram 18 alvos nas posições curdas.

As autoridades da Turquia informam que os dados preliminares da investigação da explosão que sacudiu a capital turca testemunham que os militantes curdos do PKK podem ser ligados ao atentado.

Após mais de dois anos de cessar-fogo, as hostilidades entre as forças militares e policiais turcas e do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foram retomadas no verão passado, comprometendo as conversações de paz iniciadas em 2012 para pôr fim a um conflito que desde 1984 já deixou mais de 40 mil mortos.

O Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) é considerado oficialmente como uma organização terrorista na Turquia.

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