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Da defesa cibernética à defesa aeroespacial: está pronta a segurança do Rio 2016

ENTREVISTA COM ADEMIR SOBRINHO
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Um efetivo de 38 mil militares, de várias unidades da Federação, vai trabalhar no grande esquema de segurança montado pelo Ministério da Defesa para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, em agosto e setembro. Somados todos os esquemas de segurança, o efetivo será de 85 mil agentes.

O Almirante Ademir Sobrinho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil, informa que o esquema será ativado a partir de 15 de julho e que o Ministério da Defesa atuará de forma integrada com outros órgãos do Governo, como o Ministério da Justiça e a Abin, Agência Brasileira de Inteligência. O militar tranquiliza a população, os atletas e os visitantes de outros países que virão acompanhar as competições: “Podem estar seguros de que o Brasil está fazendo tudo para que as Olimpíadas e as Paralimpíadas aconteçam em total segurança.” 

Ademir Sobrinho esclarece que “os militares atuarão na proteção de estruturas estratégicas, ou seja, as estruturas que, se danificadas, têm implicações na realização dos Jogos, como comunicações, energia elétrica e fornecimento de água; na defesa cibernética, monitorando todas as nossas redes e as redes do Governo; na fiscalização de explosivos; na defesa química, bacteriológica, radiológica e nuclear; na defesa aeroespacial, no controle do espaço aéreo; na defesa marítima e de águas fluviais; no transporte logístico e no receptivo das comitivas nos aeroportos, principalmente os dignitários e aqueles considerados vips. Nós também atuaremos junto com a Segurança Pública no enfrentamento ao terrorismo e na segurança das autoridades”.

Anéis olímpicos dos Jogos de 2016, no Parque Madureira - Sputnik Brasil
Força Nacional atuará no Rio de Janeiro em eventos-teste para os Jogos Olímpicos
Em relação às manifestações de rua que ocorreram durante a Copa das Confederações em 2013 e na Copa do Mundo de 2014, o Almirante Ademir Sobrinho diz que, “quando não pacíficas – nós esperamos que, se houver, sejam pacíficas – são primeiramente problema da segurança pública”. Mas, observa o militar, “nós não temos ainda nenhum indício de que possa haver grandes manifestações durante os Jogos Olímpicos”.

Sobre o orçamento da segurança – se teria sido afetado pela crise econômica –, Ademir Sobrinho garante que o Governo brasileiro assumiu um compromisso internacional para realizar os Jogos e está cumprindo esse compromisso.

“Não tivemos redução dos recursos previstos para o Ministério da Defesa até o momento e esperamos que não tenhamos esse contingenciamento de recursos. Eles estão sendo liberados de acordo com o planejado. Quanto ao Ministério da Defesa e à Abin, aparentemente eles também não tiveram redução nos seus orçamentos. O Ministério da Defesa recebeu e está recebendo, durante os anos de 2014, 2015 e 2016, cerca de 700 milhões de reais para fazer frente às despesas de segurança durante as Olimpíadas e Paralimpíadas.”

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