Líder indígena assassinada é lembrada pela ONU no Dia Internacional da Mulher

© REUTERS / Jorge CabreraHomens carregam imagem de Berta Cáceres em funeral da líder indígena assassinada em Honduras
Homens carregam imagem de Berta Cáceres em funeral da líder indígena assassinada em Honduras - Sputnik Brasil
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A Organização das Nações Unidas (ONU) destacou ontem (7), na véspera do Dia Internacional da Mulher, o papel da líder indígena Berta Cáceres, assassinada na última quinta-feira (3) em Honduras.

​"O Dia da Mulher é um momento de reflexão sobre os progressos alcançados, uma chamada para a mudança e uma celebração dos atos de coragem de muitas mulheres em todo o mundo", disse a representante do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) na Bolívia, Ana Angarita.

Durante cerimônia realizada em La Paz, segundo relata a TeleSur, indígenas peruanas condenaram o assassinato da ativista hondurenha e destacaram a atuação de muitas outras mulheres que, como Cáceres, têm papéis importantes na sociedade.

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​De acordo com Angarita, Cáceres foi uma "grande líder que recebeu ameaças de morte por suas lutas". A representante da ONU lamentou que as autoridades não tenham feito nada para impedir o assassinato da mulher que se opôs à construção de uma barragem hidroelétrica que ameaçava deslocar centenas de povos indígenas de suas terras em Honduras, bem como à instalação de uma base militar dos EUA que, nas palavras de Cáceres, era "um projeto de dominação e colonização com o propósito de saquear os recursos dos bens comuns da natureza" na nação da América Central.

Nesta terça-feira (8), o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo global pelo empoderamento das mulheres como forma de acabar com a discriminação e os flagelos sofridos por elas.

​"[Mulheres] correm o risco de morrer durante o parto nas regiões mais pobres; com demasiada frequência meninas recém-nascidas são submetidas à mutilação genital feminina e outras em idade escolar são atacadas em seus caminhos para a escola", lamentou o secretário-geral.

De acordo com o alto diplomata, não menos preocupante é o impacto dos conflitos mundiais sobre a vida das mulheres, bem como a rejeição e o empobrecimento de viúvas.

"Nós só podemos fazer frente a estes problemas empoderando-as como agentes de mudança", acrescentou.

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