Moscou denuncia duplos padrões da OTAN após proibição turca de voos de observação russos

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Eclipse parcial do Sol em 2011, visto perto do Kremlin de Moscou - Sputnik Brasil
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A OTAN não reagiu ao fechamento, por parte da Turquia, de seu espaço aéreo para voos de observação, mas a situação teria sido bem diferente se fosse com a Rússia, segundo denunciou nesta quinta-feira (25) a porta-voz oficial do Ministério russo das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

"Eu gostaria de fazer a pergunta: Vocês podem imaginar como eles [a OTAN] iriam reagir e o que nos diriam nossos colegas ocidentais durante a fase aguda do conflito no sudeste da Ucrânia em 2014 se a Rússia houvesse se recusado a permitir a realização de voos de observação diretamente ao longo da fronteira russo-ucraniana? Como podem recordar, estes voos foram realizados em nosso território sem obstáculos para com o Tratado de Céus Abertos. Isto é um padrão duplo", ressaltou a porta-voz de Moscou.

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No dia 4 deste mês, a Turquia confirmou ter proibido, “por razões de segurança”, um voo de observação russo em seu espaço aéreo próximo à Síria, alegando não ter conseguido chegar a um acordo com Moscou a respeito do itinerário. 

Ao proibir o avião russo An-30B de sobrevoar seu território, Ancara violou o Tratado de Céus Abertos, acordo assinado em 1992 por 27 Estados membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

"A Turquia conduziu 4 voos de observação [sob o Tratado de] Céus Abertos sobre o território russo em 2015, entre eles — dois em conjunto com oficiais militares dos EUA", diz a nota publicada no Twitter no dia 4 de fevereiro pelo Ministério da Defesa da Rússia.

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Além disso, o incidente reforçou as suspeitas de que a Turquia esteja apoiando os terroristas do Daesh – autointitulado “Estado Islâmico”. Segundo diversas evidências apresentadas pela Rússia nos últimos meses, as autoridades turcas apoiam o contrabando de petróleo através da fronteira com a Síria, ajudando a financiar as atividades do grupo jihadista.  

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