Presidente da Turquia acusa EUA de criar 'banho de sangue' na região

© AFP 2023 / SAUL LOEBPresidente dos EUA, Barack Obama, ajustando seus fones de ouvido de tradução simultânea durante uma conferência com o então primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em 2014
Presidente dos EUA, Barack Obama, ajustando seus fones de ouvido de tradução simultânea durante uma conferência com o então primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em 2014 - Sputnik Brasil
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O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou os EUA nesta quarta-feira (10) de criar um "banho de sangue" na região através de sua aliança com os curdos na Síria.

A declaração foi feita no contexto da recusa de Washington em considerar organizações curdas na Síria como grupos terroristas.

"Olhe os EUA (…). Como eles nunca os reconheceram [as organizações curdas como grupos radicais], a região se converteu em um banho de sangue", declarou Erdogan, em discurso a funcionários provinciais em Ancara nesta quarta-feira, conforme citado pela RT.

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Os EUA consideram como terrorista o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), que se opõe ao governo turco e procura fundar um Estado nacional desde 1984, mas apoiam os curdos sírios que lutam contra o Daesh (Estado Islâmico), isto é, as Unidades de Proteção Popular (YPG) e o Partido de União Democrática (PYD), que constituem uma das principais forças de resistência ao avanço do grupo jihadista na região.

"Estão [os EUA] do nosso lado ou do lado dos terroristas do PYD e do PKK?", perguntou Erdogan, irritado.

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Na terça-feira (9), o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, John Kirby, disse que Washington não só "não considera o partido dos curdos sírios como terrorista" como, pelo contrário, reconhece que seus membros são "combatentes eficazes contra o Estado Islâmico no território da Síria".

Em resposta, Ancara convocou o embaixador dos EUA, John Bass, para expressar o "mal-estar" do governo turco diante da declaração.

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