Soldados europeus são acusados de abuso sexual contra menores na África

© flickr.com / United Nations PhotoUN Multidimensional Integrated Stabilization Mission in the Central African Republic (MINUSCA)
UN Multidimensional Integrated Stabilization Mission in the Central African Republic (MINUSCA) - Sputnik Brasil
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Soldados de uma força de paz da ONU parte de uma missão europeia foram acusados de abusar sexualmente de menores de até 7 anos de idade na República Centro-Africana. Algumas crianças alegaram terem trocado favores sexuais por comida.

Veículo blindado da MINUSCA durante patrulha pelas ruas de Bangui, capital da República Centro-Africana (14-09-2015) - Sputnik Brasil
República Centro-Africana registra 17º caso de abuso sexual envolvendo funcionários da ONU
Um inquérito da ONU revelou relatos acusando soldados de forças de paz da ONU, integrantes de uma missão europeia, e soldados da operação francesa Sangaria de abusar sexualmente de menores de idade.

Duas meninas disseram terem sido estupradas por soldados de tropas da União Europeia (EUFOR), enquanto outras duas relataram que foram pagas para terem relações sexuais com soldados da EUFOR.

As quatro meninas tinham idade entre 14 e 16 anos na época dos abusos. Três delas acreditam que os soldados eram da Geórgia.

Pela primeira vez em casos deste tipo, a ONU divulgou as nacionalidades dos acusados, que são de Bangladesh, Marrocos, Níger, Senegal e República Democrática do Congo. Investigadores da ONU também entrevistaram duas crianças que diziam ter sido abusadas sexualmente por soldados da Operação  Sangaris, da França.

“A menina disse que realizou sexo oral em soldados franceses em troca de uma garrafa de água e um pacote de biscoitos”, diz o relato. “Tanto ela quanto o menino de 9 anos afirmaram que outras crianças sofreram abusos de maneira semelhante em seguidos incidentes envolvendo soldados franceses.”

Os seis casos de abuso supostamente aconteceram em um campo de desalojados em M’Poko, perto do aeroporto de Bangui.

A EUFOR afirma que leva as denúncias “muito a sério.” O Alto Comissário da ONU para direitos humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein, declarou ser “crucial que esses casos sejam investigados urgente e abrangentemente.”

O Ministério da Defesa da Geórgia, por sua vez, declarou que faria “o possível para garantir que indivíduos cometendo tais crimes sejam responsabilizados.”

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