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Ministério da Saúde lança campanha contra Aids no Carnaval

© Tânia Rêgo/Agência BrasilCampanha nacional de prevenção às DST/Aids 2016
Campanha nacional de prevenção às DST/Aids 2016 - Sputnik Brasil
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Como já é tradição no Carnaval brasileiro, o Ministério da Saúde lançou no Rio de Janeiro, na quadra da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, a Campanha Nacional de prevenção contra a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, com objetivo de chamar a atenção de brasileiros e turistas e promover uma folia mais segura.

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Como já é tradição no Carnaval brasileiro, o Ministério da Saúde lançou no Rio de Janeiro, na quadra da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, a Campanha Nacional de prevenção contra a Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis, com objetivo de chamar a atenção de brasileiros e turistas e promover uma folia mais segura.

Com foco no uso do preservativo — segundo o Governo, a mais importante arma no combate ao HIV — a Campanha traz como slogan: “Deixe a camisinha entrar na festa”. O governo brasileiro investiu cerca de R$ 14 milhões  em filmes, jingles para rádio, trios elétricos, carros de som, e ações nos blocos de rua, para alertar sobre a prevenção.

Durante a campanha, serão distribuídos cinco milhões de preservativos nos blocos e em bares das principais cidades da folia: Salvador (BA), Olinda (PE), Ouro Preto (MG), São Paulo (SP) e Rio de Janeiro, onde, só na cidade Olímpica, um milhão de preservativos será fornecido para os foliões.

Segundo o Ministério da Saúde, mesmo com toda a divulgação, o uso de preservativos ainda não virou hábito entre os brasileiros, principalmente entre os jovens, principal público-alvo da ação no carnaval.

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Além da estratégia de prevenção, o Diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, explica que a campanha do Ministério da Saúde não foca somente em sexo seguro. A ideia é ir além, e chamar a atenção para a importância de se fazer constantemente o exame para detectar as doenças, bem como informar sobre outra formas de prevenção, como a Profilaxia pós exposição ao vírus, que é um tratamento oferecido gratuitamente pelo SUS – Sistema Único de Saúde. “Tem uma parcela da população que não usa camisinha. Temos situações em que a camisinha pode estourar. Temos situações de violência sexual. Por isso, temos outros tipos de instrumentos para ajudar na prevenção. Fazer o teste é uma coisa importante sempre, periodicamente. Mas também temos hoje essa profilaxia pós exposição, que é você usar o medicamento como uma forma de prevenção.”

Atualmente, Kits de testagem oral são distribuídos pelo Ministério da Saúde para Organizações Não Governamentais, que atuam junto a grupos prioritários. A realização do exame é feita de forma fácil e simples, através da detecção de material recolhido da boca. E o resultado fica pronto em apenas 30 minutos.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2015, o  Brasil registrou recorde de pessoas iniciando o tratamento contra HIV/Aids. Foram mais de 81mil pessoas, um aumento de 13%, em relação a 2014, quando 72 mil pessoas começaram a usar os medicamentos. Hoje são 455 mil brasileiros em tratamento no Sistema Único de Saúde.

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O levantamento do governo ainda aponta que a taxa de detecção do vírus também está caindo nos últimos 12 anos. Em 2014,  eram 19,7 casos para cada 100 mil habitantes. De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV-Aids 2015, no Rio, 4.793 pessoas foram notificadas com a doença. No Brasil foram registrados 39.551 casos.

Mesmo em tempos de crise no país,  Fábio Mesquita garante que o fornecimento da medicação gratuita para os pacientes não vai sofrer alterações. “O orçamento de medicamento da Aids é um dos poucos orçamentos que não podemos mexer. Mesmo que o Ministério do Planejamento resolva cortar recursos, esse orçamento não pode ser atingido, e portanto, a assistência aos pacientes de Aids no Brasil está completamente garantida.”

Ao lançar a Campanha Nacional de prevenção a Aids no Carnaval, o Ministério da Saúde também anunciou que o teste domiciliar, que detecta o HIV e recebeu a aprovação da Anvisa recentemente, deverá começar a ser comercializado no Brasil até o fim do primeiro semestre de 2016.

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