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Rede Parlamentar defende países latino-americanos e caribenhos contra ataques externos

ENTREVISTA COM PAULO PIMENTA
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Em paralelo à Cúpula da CELAC – Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, nesta quarta-feira, 27, em Quito, parlamentares de partidos políticos de esquerda de 17 países anunciaram a constituição da Rede Parlamentar pela Soberania e Unidade Latino-Americana e Caribenha.

Segundo os parlamentares, o principal objetivo da Rede é “rechaçar os ataques econômicos que vêm sendo feitos contra os Governos de Venezuela, Equador, Bolívia, Nicarágua, Cuba, Brasil e outros países da região”.

O Deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que foi convidado a participar da Rede Parlamentar Latino-Americana, considera que “a criação desta conjunção política é muito bem-vinda num momento em que os Governos progressistas das Américas enfrentam seríssimas dificuldades”.

“A América Latina e o Caribe vivem um momento extremamente desafiador”, observa Paulo Pimenta. “Nós tivemos um avanço importante de um projeto político soberano que provocou grandes transformações na vida do conjunto da classe trabalhadora em países como Brasil, Argentina, Bolívia, Venezuela, El Salvador, e outras oportunidades na Nicarágua. Porém, mais recentemente temos assistido a uma reorganização de um projeto de direita, de extrema-direita, que tem claramente relações internacionais e financiamento internacional. Ele tem por objetivo reduzir o conjunto de avanços nos direitos da classe trabalhadora e também reduzir a autonomia comercial estabelecida entre esses países que conseguiram, em larga medida, avançar na dependência histórica, estabelecida desde o período colonial, dos países da Europa e dos Estados Unidos.”

O deputado petista lembra ainda que “esta articulação entre os países fortalece uma construção de representantes que estão no Parlamento mas que têm profunda ligação com os movimentos sociais de seus países”.

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Paulo Pimenta compara a função da nova Rede Parlamentar com a do Parlasul, o Parlamento Sul-Americano:

“Já fui representante do Brasil no Parlasul, com representações parlamentares no chamado Pacto Andino, mas que não têm, do ponto de vista ideológico, conceitual, um compromisso político comum. Já a Rede é diferente, porque articula parlamentares que representam projetos que têm pontos de convergência, especialmente a defesa dos trabalhadores, a questão da autonomia, a luta contra o imperialismo, a manutenção dos projetos que nós representamos, a resistência contra o neoliberalismo. Isto é um fato novo que nós temos e por isso a importância dessa articulação e dessa iniciativa.”

Ainda sobre os eventos da 4ª Cúpula da CELAC, o Deputado Paulo Pimenta destaca a declaração da Presidenta Dilma Rousseff de que o Brasil não voltará a crescer se os demais países da América Latina também não se recuperarem.

“O Presidente Lula foi pioneiro na afirmação desse projeto de unidade do Mercosul, de unidade com os países da Região Andina, da América Central, porque boa parte dos problemas que nós enfrentamos do ponto de vista estrutural são, sem dúvida alguma, comuns. E o Brasil, pela importância econômica e estratégica que tem, não pode pensar um projeto que não seja compreendido como algo que envolva, de uma maneira geral, o continente. Esta é uma visão estratégica, de solidariedade e parcerias internacionais, que a Presidenta Dilma vem defendendo, juntamente com outros colegas líderes de Governos da América do Sul e da América Central.”

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