China está sob ameaça de colapso total?

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O ritmo mais lento do crescimento econômico chinês provocou comentários em todo o mundo sobre o possível colapso da economia chinesa. Entretanto, muitos aspetos do abrandamento econômico parecem bastante favoráveis, afirmou o economista norte-americano Milton Ezratisenior no seu artigo na revista The National Interest.

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Os dados estatísticos que recentemente foram divulgados pelo Escritório de Estatística de Pequim confirmam a desaceleração na economia real, produção industrial e setor imobiliário.

Uma vez que os esforços mais recentes do governo chinês de estabilizar os mercados financeiros fracassaram e os programas de estímulo da economia contribuíram para o aumento de dívida privada, os prognósticos do colapso chinês multiplicaram-se.

No entanto, o especialista explica que o abrandamento econômico foi inevitável e não pode ser um sinal de uma economia enfraquecida.

Na opinião do especialista, os êxitos iniciais da China são um efeito que acontece quando os países começam a investir mais esforços na indústria do que na agricultura.

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Praticamente três quartos da produção chinesa eram gerados pelo setor agrícola quando a China começou a industrialização, no início dos anos 80, ao contrário do que acontece agora.

Os trabalhadores envolvidos no setor primário passaram para as indústrias exportadoras e os restantes se tornaram mais produtivos porque, em resultado da industrialização, o seu trabalho foi mecanizado. Isso provocou um estímulo económico inicial.

“Agora, Pequim decidiu que a economia tem que expandir a sua base, se focar menos em exportações e investimentos em indústrias exportadoras e mais em mecanismos internos de crescimento, no consumo, desenvolvimento de indústrias do setor terciário e investimentos relacionados com isso. O país está ciente de que o processo irá desacelerar o ritmo do crescimento econômico”, explicou.

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Ao mesmo tempo, este processo tem efeitos secundários como a construção excessiva de áreas residenciais, o crescimento da dívida privada e da dívida pública, bem como a falência de empresas.

Ezratisenior afirmou que o Ocidente tende a exagerar os problemas da economia chinesa, enquanto a crise neste país tem pouco em comum com a crise imobiliária ocidental de 2007-2009.

O especialista afirmou que, se estes problemas pudessem provocar o colapso geral  da economia chinesa, isso já teria acontecido muito tempo atrás.

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