Clinton tem saudades do botão 'reiniciar' EUA-Rússia

© AFP 2023 / ALEXANDER NEMENOVO simbólico botão de "reset" apresentado ao Ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov pela ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton.
O simbólico botão de reset apresentado ao Ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov pela ex-secretária de Estado dos EUA Hillary Clinton. - Sputnik Brasil
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A ex-secretária do Estado norte-americana e atual presidenciável Hillary Clinton declarou durante debates eleitorais que, se for eleita, reiniciará a recuperação das relações entre a Rússia e os EUA.

Durante os debates entre representantes do Partido Democrático, a política sublinhou que a sua determinação dependerá da disposição do Kremlin de atingir um compromisso.

“Bom, isso depende daquilo que vá receber em troca”, comentou Clinton a questão da possibilidade de um novo “reinício” no diálogo com a Rússia.

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Segundo um artigo do site analítico What They Say About USA, que cita as palavras do especialista em relações russo-norte-americanas Viktor Muzin, Clinton tenta aproveitar os seus êxitos na política externa para "realizar manobras, mostrando uma rara flexibilidade".

Na altura do primeiro aparecimento do termo “reset” (em inglês, traduzido como “reinício”), Hillary [então secretária de Estado], juntamente com o vice-presidente Joe Biden, propagava ativamente a política de recuperação do diálogo com a Rússia. Mas a ideia do “reset” terminou em um sério impasse político quando, em agosto de 2008, teve lugar o conflito militar entre a Rússia e a Geórgia. 

"O diálogo quase parou e as nossas relações em seguida atingiram novamente um dos pontos mais baixos – agora sabemos que poderia ter sido ainda pior", lembrou o cientista político russo Igor Zevelev, citado pelo site.

No entanto, o especialista Viktor Muzin fez lembrar que, antes disso, Hillary Clinton tinha feito declarações duras em relação à Rússia.

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O especialista também relacionou as recentes declarações de Clinton com as de outro presidenciável bastante popular – Donald Trump – sobre a intenção de melhorar as relações com o presidente russo, Vladimir Putin.

Mesmo tendo em conta a popularidade relativa de Clinton e a sua considerável experiência, será difícil para ela persuadir os eleitores que ela saberá lidar bem com a política externa, escreve Muzin.

De acordo com ele, os norte-americanos ainda não esqueceram o erro que Clinton cometeu em 2012 aquando do assassinato do embaixador dos EUA na Líbia. Segundo a opinião de oponentes da presidenciável, o erro foi devido à sua negligência em relação aos problemas de segurança da embaixada. Além disso, o escândalo dos seus e-mails de trabalho continua ainda na memória dos eleitores.

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