O mundo precisa da Rússia, admite o primeiro-ministro do Japão

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Shinzo Abe e Vladimir Putin, em reunião à margem da cúpula da APEC em 2014. - Sputnik Brasil
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O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, pediu um degelo nas relações com a Rússia, incitando o diálogo a fim de por fim ao ciclo de violência no Oriente Médio. Segundo ele, a “participação construtiva da Rússia” é essencial para responder de modo efetivo aos desafios enfrentados pela comunidade internacional.

"Precisamos da participação construtiva da Rússia", disse Abe em entrevista ao jornal Financial Times publicada no domingo (17).

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O premiê citou, neste contexto, a guerra na Síria, as relações tensas entre Arábia Saudita e Irã e a ameaça representada pelo radicalismo islâmico, incorporada principalmente pelo grupo terrorista Daesh (autodenominado Estado Islâmico). 

Este ano, o Japão preside o grupo das sete economias mais avançadas do mundo e se prepara para sediar uma cúpula do G7 em maio. Abe disse ao Financial Times que estava pensando em ir a Moscou ou em convidar a ir a Tóquio o presidente russo, Vladimir Putin, de modo a cumprir sua função como presidente do grupo.

"Como presidente do G7, eu preciso buscar soluções quanto à estabilidade da região, bem como à do mundo todo", disse o chefe de governo.

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O G7, anteriormente conhecido como G8, excluiu a Rússia em março de 2014 devido à reintegração da Crimeia ao território russo – processo que o Ocidente, em geral, qualifica como uma “anexação”, apesar de ter sido realizado por meio de um referendo no qual mais de 96% da população local escolheu se separar da Ucrânia –, e devido ao suposto papel de Moscou na crise interna ucraniana. Na época, o Japão fez coro às sanções econômicas impostas contra a Rússia.

Abe mencionou ainda a situação no Mar do Sul da China, expressando “intensa preocupação” com as tentativas de Pequim de tentar “unilateralmente mudar o status quo” na região e pedindo o engajamento da Rússia.

"Acredito que o diálogo adequado com a Rússia, o diálogo apropriado com o Presidente [Vladimir] Putin é muito importante", disse ele.

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