Caravanas pelos 43 estudantes desaparecidos de Ayotzinapa cruzam o México por justiça

© REUTERS / Carlos JassoFamiliares seguram imagens de alguns dos 43 estudantes desaparecidos de Ayotzinapa, em marcha na Cidade do México
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As famílias dos 43 estudantes de Ayotzinapa desaparecidos em 27 de setembro de 2014 organizaram duas caravanas que estão cruzando o México para manter viva a luta pela verdade sobre o destino de seus filhos.

​Uma das caravanas partiu da fronteira sul do México, no estado de Chiapas, e a outra saiu do norte, no estado de Chihuahua. As duas colunas deverão se encontrar no centro do país em 28 de janeiro.

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Durante o caminho, as famílias e amigos dos estudantes desaparecidos estão se reunindo com movimentos e organizações sociais, reiterando que o mais importante é descobrir o que aconteceu no dia do desaparecimento, bem como o paradeiro dos jovens.

Além disso, as famílias mantém a convicção de que o desaparecimento dos 43 de Ayotzinapa é culpa e responsabilidade do Estado mexicano, e que em nenhum momento eles foram tocados pelo crime organizado, como afirmam as autoridades federais.

​De acordo com a "verdade histórica" oferecida pelo Gabinete da Procuradoria-Geral da República (PGR) do México, os 43 alunos foram detidos pela polícia de Iguala, no estado de Guerrero, e entregues ao cartel Guerreros Unidos, que teria matado e queimado seus corpos, sob a acusação de pertencerem ao cartel rival Los Rojos. 

​A versão é rejeitada pelos pais dos desaparecidos, que acreditam que a tragédia seria mais um episódio de repressão política à escola dos estudantes, conhecida na região por contestar os desmandos do poder local e o descaso do Estado com a população.

Até agora, apenas os restos dos estudantes Alexander Mora Venancio e Jhosivani Guerrero foram identificados.

​Segundo um estudo realizado pela Procuradoria-Geral mexicana em setembro de 2015, houve um total de 25.648 desaparecimentos forçados no país durante os últimos 10 anos.

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