Opinião: EUA temem perder apoio de uma Europa em decadência

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Os acontecimentos em Colônia mostraram que a Alemanha está sobrecarregada, fraca e não está conseguindo lidar com a crise migratória que enfrenta. Os EUA temem deixar de poder contar com ela como um parceiro pleno, acredita o diretor do Instituto de Estudos Alemães Contemporâneos em Washington Jackson Janes.

O cientista político destaca que os círculos de especialistas dos EUA acreditam que a chanceler alemã Angela Merkel claramente superestimou suas forças em relação à crise migratória, e que a sua fadiga está abalando toda a política da Alemanha.

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Na opinião de Janes, os norte-americanos entendem que a catástrofica situação com os refugiados se estenderá por muito tempo e temem que a unidade da União Europeia esteja ameaçada pela sua incapacidade de enfrentar a totalidade de problemas que enfrenta. Nesse caso, segundo ele, a Europa deixaria de ser aquele parceiro competente, que sempre esteve pronto para apoiar os EUA nas mais diversas questões na arena internacional.

"Os EUA realmente precisam da Europa, destaca Janes. Tomemos ao menos o conflito na Ucrânia: irá o Ocidente prolongar as sanções em junho? A Europa aceitará isso? Ou até lá ela já terá se dissolvido sob a pressão da crise migratória" – destaca especialista.

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Segundo Janes, o comunidade e a mídia dos EUA dão uma enorme importância aos acontecimentos em Colônia. Muitos deles têm a certeza de que as consequências catastróficas que a Alemanha enfrenta eram bastante previsíveis: era ingênuo supor que o fluxo ilimitado de migrantes não pudesse causar problemas. Para o cientistas político, muito norte-americanos estão certos de que a Europa deve endurecer a sua política em relação aos refugiados.

Vale lembrar, que na cidade alemã de Colônia, na véspera do Ano Novo, centenas de mulheres foram roubadas, ameaçadas e agredidas sexualmente por pequenos grupos que, de acordo com testemunhas, eram compostos em sua maioria por homens de origem árabe e norte-africana.

Segundo a mídia local, mais de 400 queixas foram apresentadas à polícia em relação aos acontecimentos daquela noite.

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Segundo o Ministério dos Assuntos Internos da Alemanha, 29 dos 32 suspeitos de estarem envolvidos no incidente haviam sido registrados como refugiados. Alguns outros são considerados imigrantes ilegais.

No ano passado mais de um milhão de pessoas, principalmente de origem norte-africana e do Oriente Médio, pediram asilo na Alemanha.

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